Santo António nasceu em Lisboa em 1195, tendo ingressado, ainda muito jovem, na Ordem dos Franciscanos. Era um pregador culto e apaixonado, conhecido pela sua devoção aos pobres e pela habilidade para converter heréticos.
Leccionou teologia em diversas universidades europeias e passou os seus últimos meses de vida em Pádua, Itália, onde viria a falecer, em 1231.
A Igreja Católica canonizou-o menos de um ano depois da sua morte e em 1934 o Papa Pio XI proclamou-o segundo padroeiro de Portugal, a par de Nossa Senhora da Conceição.
Santo António é vulgarmente considerado como um santo casamenteiro, pois, segundo a lenda, era um excelente conciliador de casais.
É particularmente venerado na Cidade de Lisboa e o seu dia, 13 de Junho, é feriado municipal. Contudo, as festas em honra de Santo António começam logo no dia 12 com a realização dos Casamentos de Santo António, evento inserido nas Festas da Cidade.
Este acontecimento, de grande relevo para Lisboa, comemorou no ano passado o seu Cinquentenário; foi em 1958 que 26 casais ficaram unidos pelo matrimónio na Igreja de Santo António. A iniciativa foi patrocinada pelo Diário Popular e por comerciantes locais.
O objectivo daquela iniciativa era possibilitar o matrimónio, apadrinhado por Santo António, a casais com maiores dificuldades económicas, uma vez que os noivos seleccionados eram presenteados com um enxoval e equipamentos domésticos.
Curiosamente, naquela época, era exigida uma garantia de virgindade, provada clinicamente.
As Noivas de Santo António contaram, desde cedo, com o apoio do município de Lisboa, bem como da sua população, transformando-se rapidamente num acontecimento incontornável, inserido nas Festas Populares da Cidade. E assim, ia crescendo a fama casamenteira do Santo António.
Em 1974, esta tradição foi interrompida. Mas, em 1997, a Câmara Municipal de Lisboa recomeçava a patrocinar o matrimónio entre os casais mais desfavorecidos, para que estes pudessem unir as suas vidas, nesta data tão importante para a cidade de Lisboa.
PROF. KIBER SITHERC