Esoterismo, Lendas, Mitos, Parapsicologia, Auto-Ajuda. kiber-sitherc@sapo.pt

04
Fev 14

            Li há muitos anos um artigo publicado num jornal em que um indivíduo criticava um abre-latas eléctrico, rápido, sofisticado... que um vizinho lhe mostrou. Ele defendia nesse jornal o seu abre-latas manual, procurando todos os argumentos possíveis e imaginários: ecológicos, económicos, tradicionais, patrióticos e conservadores.

            Muitas pessoas são assim, defendem as suas ideias antigas e conservadoras, não procurando darem-se ao trabalho de analisarem as suas convicções se estão certas ou erradas. Por mais incrível que nos pareça, não deixam de ter razão desde que as suas ideias sejam úteis e possam contribuir para a sua felicidade.  
Lembro-me de um velho comerciante, que para abrir o garrafão, usava um velho saca-rolhas, espetado num pau, segurava o garrafão entre as pernas e fazia toda a força que podia, até ficar exausto e transpirado. Eu admirava-me por ele não usar um saca-rolhas de orelhas, ou outro mais prático; mas possivelmente não tinha outro, ou achava que não valia a pena mudar.
            Como as ferramentas, as ideias poderão mudar, evoluir com o tempo, segundo as nossas necessidades ou então serão ultrapassadas. Há pessoas por não crerem evoluir, ficam estagnadas, como as águas paralisadas de um charco, pois as suas ideias ou convicções, poderão não ajudar; como velhas ferramentas que ficaram enferrujadas e inutilizadas, serão obsoletas na concretização dos seus projectos. Por vezes as ferramentas usadas não são adequadas, usar a faca da cozinha em vez da chave de fendas, ou uma pedra na substituição de um martelo, é como ter ideias que não são convenientes, pois não servem para nada.       
            Mas, cuidado com as nossas avaliações, o nosso julgamento poderá não ser o mais correcto, deveremos ser prudentes nas nossas críticas e apreciações, o que para nós não é útil poderá ser indispensável para os outros. Deveremos ter em mente a seguinte máxima: “Se todos os gostos fossem iguais; não se usava o amarelo”.
            Não vamos questionar se uma chave de fendas ou um alicate se é verdadeiro ou falso, mas se tem aplicação para o seu utilizador o que interessa realmente é se esse utensílio é útil para o seu utente.
Ideias, religiões, filosofias de vida processam-se da mesma maneira, poderão ser úteis se elas forem bem aplicadas pelos seus detentores e aí gerarão fruto como uma boa semente se tratasse. Se todas as ferramentas são úteis, então todas as religiões, ou filosofias de vida poderão ser essenciais. 
            Como ferramentas que se adaptam ao nosso estilo, assim poderão ser as ideias ou religiões. As ideias fazem parte da vida, e todas elas são necessárias, e até são várias, porque os utilizadores são diversos.                        
            Desde sempre, o homem necessitou das suas crenças, como se fossem ferramentas para que pode-se subsistir; é certo que muitas das suas ferramentas eram primitivas, como eram as suas superstições e mitos.        
            O que seria do homem sem as suas crenças, o que seria de certas sociedades sem as suas ideias ou religiões! O homem necessita das suas ideias (ferramentas), para viver; para se resguardar; para se defender; para se impor como uma regra de fé e de prática.
O mapa não é o território, cada um de nós constrói o seu mapa mental de acordo com realidade onde se insere, as palavras e as ideias (ferramentas), que nós usamos não são a realidade, mas sim instrumentos que nós usamos, em função para compreender essa mesma verdade. 
 
PROF. KIBER SITHERC
 
 
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26
Jan 14

Tecnicas de filmagem - Guião - Captura - Edição - Pré-produção - Yourmachinima Community

  Muitas pessoas aparecem-me confusas,  desorientadas   e  frustradas. Quando lhes pergunto o que pretendem fazer respondem que não sabem, outras que não conseguem atingir os seus objectivos. Será que essas pessoas não têm o seu guião de vida?!

      Numa peça teatral, o actor recebe o seu papel para desempenhar o seu personagem: como deve sentir, o que deve representar, como se deve movimentar, como se deve sentar e como entrar e sair de cena.
      O guião de vida também chamado de argumento é inconscientemente transmitido dos pais aos filhos. São mensagens de vários tipos de êxito e de fracasso, que nós representamos bem ou mal conforme as nossas aptidões e habilidades. Eis alguns exemplos dessas mensagens: “A vida é uma tragédia”. “Os filhos são um problema”. “Deves seguir o meu exemplo, porque eu o segui também dos meus pais”. “Os homens não choram”. Várias normas, restrições, permissões e condutas sobre o que se supõe passam dos pais para os filhos, assim criamos o nosso padrão mental, o nosso guião que nos orienta na estrada da vida, muitas vezes confuso (devido às mensagens recebidas na infância), com muitas encruzilhadas, dúvidas e incertezas.
     Quer queira quer não, todos representamos os nossos papéis no palco da vida: de bobos da corte, de gladiadores, de gatas borralheiras, bonecas de vitrina, outros de vítimas, de triunfadores, de perseguidores, de salvadores, etc. Cada papel nos foi dado de uma maneira inconsciente, pelos nossos progenitores e familiares e nós interpretamos inconscientemente a nosso belo prazer. Temos uma assistência a quem agradar, que nos aplaudem, ou a quem tememos, porque nos critica, que nos deseja ver fora da cena da vida.
     Será que teremos que obedecer aos mandatos do guião? Seguir todas as normas que nos foram impregnadas na infância, seguir esse mandato no itinerário da vida, mesmo sabendo que é uma adversidade. Sim, poderemos mudar o argumento vital e sermos nós os autores do nosso guião.
     Uma jovem que decide mudar os seus comportamentos e hábitos. Planeia contra as normas familiares, escolher o seu curso, sair de casa, casar numa determinada idade, ter dois filhos, escolher o homem da sua vida, e o lugar para onde irá morar. Essa jovem está criando o guião da sua vida. É possível que haja algumas alterações nesse guião mas ela determinou o seu próprio destino.
     Para modificar-mos o nosso guião é necessário quebrar todo esse padrão mental, entrar no trajecto da mudança e atingir metas.
     1º - Faça uma lista dos seus desejos, dos seus sonhos, de tudo aquilo que quer ter. Use todos os seus sentidos, sensações e emoções. Calmamente pegue num papel e escreva, escreva sem parar todos os desejos que lhe vierem à mente.
      2º - Agora seleccione. Como se usasse uma espécie de “peneira” da qual escoará o que poderá ser mais real às suas necessidades. Verá que muitas coisas poderão ficar de lado, talvez por achá-las demasiado frívolas ou utópicas.
       3º - Aí temos o seu guião escolhido por si. Agora só terá que o seguir, usando toda a sua capacidade criativa e positiva para que tenha sucesso. Mas o seu guião não deverá ser demasiado rígido, você deverá ser flexível adaptar-se conforme as situações, não esquecendo o seu objectivo final.
       4º - Só falta datar os acontecimentos. Há coisas que lhe poderão surgir nos próximos tempos, outros eventos estarão mais distantes, por isso seleccione as datas.
 
PROF. KIBER SITHERC
 
 
 
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publicado por professorkibersitherc às 22:36

06
Dez 09

 

 

 

                 Schopenhauer, o grande filósofo alemão, apresentou que o prazer não era positivo mas a dor, cuja presença se fazia sentir. A dor poderá ser nossa amiga! A sabedoria popular nos ensinou: que o frio e a fome põem a lebre a caminho. A História nos revelou que os povos do Sul habituados e adaptados a um clima ameno e agradável, pouco fizeram para o seu progresso, facilmente construíam um abrigo, bastava umas folhas de palmeira para fazerem uma habitação, o vestuário era simples, a terra era generosa para os alimentar. O próprio clima os inspirava ao descanso.
            Ao contrário do Sul, os povos do Norte se parassem morreriam de frio, teriam que colher os alimentos para o inverno, as casas teriam que ser construídas solidamente. Até as suas roupas teriam que ser abundantes e quentes para aguentarem o rigor do clima.
            Por isso, a adversidade os fez progredir, dessa maneira desenvolveram-se mais que os povos do Sul, chegando ao ponto de os dominar e os escravizar.
 É a dor que nos faz tomar atitudes por vezes radicais e corajosas, sair de algo detestável, abandonar as nossas raízes, tentarmos a sorte noutro mundo, desligar de vez com falsos amigos ou parentes. 
            Quando o seu organismo pretende alertá-lo para algo que não esteja bem, ou está a ultrapassar os seus limites, então, envia-lhe um sintoma em forma de dor. Em geral, os sintomas são dolorosos e normalmente desagradáveis.
            A descoberta da origem desse sintoma ajuda-o muitas vezes a corrigir algo que não estava a funcionar correctamente.
            Se estiver a alimentar-se mal, a praticar pouco exercício ou exposto a algo que seja nocivo, o seu organismo alertá-lo-á... enviando-lhe um ou mais sintomas em forma de dor. Quanto mais forte for a dor e extremamente dolorosa, maior será o aviso que algo deverá de ser mudado
            Quando estamos no sítio errado e o meio se torna hostil e espinhoso, entramos no mundo da dor. Às vezes a dor é ignorada, ou esperamos que ela atenue temporariamente, mas ela voltará depois mais forte e indomável. A dor poderá ser nossa amiga se formos receptivos à sua mensagem. Através dela poderemos mudar as nossas vidas. Se encontra numa situação dolorosa em que é maltratada pelo companheiro, em que é prejudicado dolorosamente no seu meio, ou não tem forças nem coragem para sair da dor. Então, faça o seguinte exercício:
            Feche os olhos, visualize algo que o aborreceu e causou-lhe dor. Experimente desenvolver essa imagem e torná-la brilhante. Aproxime-a para mais perto de si. Agora aumente o tamanho. O que aconteceu na sua mente? É natural que os estados negativos se intensificaram, e pense em sair do mundo da dor. Mas se visualizou depois que as coisas abrandam? Então, é natural que entre na inércia. Foi como se sentisse uma forte dor aguda e que depois atenua-se, adiando depois a ida ao médico, julgando que a situação melhorasse por ela própria.
            Tal como a dor aguda (quando estamos no mundo da dor), a situação deteriora-se sempre cada vez mais. Se você intensificar a dor em que está, é natural que tenha que reagir à mudança, como a lebre devido à dor terá que se por a caminho. 
            Usando a dor como nossa amiga, ela torna-se uma ferramenta preciosa para mudarmos as nossas vidas e atingirmos a felicidade e a paz de espírito.
 
PROF. KIBER SITHERC

 

Horror Pictures, Images and Photos

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publicado por professorkibersitherc às 12:28

26
Nov 09

cão reza de medo Pictures, Images and Photos

            Anatonicamente, todos conhecemos o nosso tendão de Aquiles. A origem remota à antiga Ilíada. Segundo Homero, a deusa Tétis, ao mergulhar no rio Styx, o seu filho Aquiles para o tornar invulnerável, a água molhou todo o corpo da criança, excepto o calcanhar pelo qual ela o segurava. Esse ponto fraco acompanhou-o para toda a vida, denunciando o futuro herói da sua condição humana, e foi a origem da sua extinção. Aquiles altivamente pretendeu mostrar que era invencível. Na sua arrogância, na guerra de Tróia, venceu duros combates e destacou-se como um herói, mas Páris feriu-o com um dardo no calcanhar, assim Aquiles encontrou a morte.

Todos nós temos o nosso calcanhar-de-aquiles, uma fraqueza, uma insegurança ou vulnerabilidade que, de vez em quando, nos prega uma cilada. Todos nós sofremos de vulnerabilidades que afectam nossos relacionamentos, nossas carreiras e nossos êxitos pessoais. Se você descobrir o seu “calcanhar-de-aquiles”, poderá iniciar a transformação de suas fraquezas em fontes de energia.
Ora, o “calcanhar-de-aquiles” caracteriza a parte de nós mais fraca e o nosso mais forte desafio. O segredo está em identificar e descobrir esse ponto sensível e vital. Esse ponto poderá tornar-se um estímulo para o nosso crescimento, e aperfeiçoamento da nossa condição humana. Em geral, somos como Aquiles, ignorando as vulnerabilidades e esquecendo de reforçar as fontes de energia. 
Como Aquiles, o bíblico Sansão, também ignorou o seu “calcanhar-de-aquiles”, deixou-se trair por Dalila, que lhe cortou as suas tranças e perdeu a sua força. Foi o preço que ambos pagaram por ignorarem o seu ponto fraco. Se nós ignorarmos e insistirmos em negar as nossas fraquezas, não tomando conhecimento, esse ponto fraco se manifestará na devida altura como uma cilada.
Como Aquiles, esse seu ponto fraco o acompanhará. Resistir ao seu “calcanhar-de-aquiles”, é esconder, negar ou subestimar o seu ponto fraco em vez de tentar compreender a origem de toda essa vulnerabilidade e fraqueza. Lembre-se, a Natureza nos fez maiores que nossas dificuldades ou fraquezas. Você é maior do que o seu “calcanhar-de-aquiles”.  
Aquiles em proporção era muito maior, comparando com o seu ponto fraco, apenas uns centímetros vulneráveis do seu calcanhar, que lhe provocaram a sua destruição. À semelhança de Aquiles, muitos de nós encaramos nossas fraquezas como se elas fossem a única medida de nossas características, de nosso valor. Ao contrário de avaliar-nos como um todo, de um modo geral positivo, deixamos que nossas inquietações nos convençam que aqueles pormenores (do rosto, ou da cintura) sejam mais importantes do que o conjunto formado por nosso corpo, mente e carácter.
Lembro-me de ter lido há muitos anos, numa revista feminina, em que muitas actrizes, desabafavam de determinados pormenores do seu corpo, apesar de nós achá-las belas, todas possuíam o seu “calcanhar-de-aquiles”, queixavam-se do nariz, boca, e outras partes do corpo. Uma delas confessava que na praia usava uma blusa para esconder os seus generosos seios, outra na praia procurava esconder os seus pés na areia. Muitas pessoas normais como elas, têm características que as limitam.  
Ao lembrar-se um pouco, nos momentos críticos em que ficou triste e frustrado, verá que foi devido ao seu “calcanhar-de-aquiles”. Descubra o seu ponto fraco, faça uma lista das suas fraquezas, físicas ou mentais: no amor, no aspecto financeiro, etc. Depois procure mudar, faça desse ponto fraco a sua força positiva. Dessa fraqueza transforme-a em fonte de energia, não a subestime poderá ser-lhe útil.   
   

PROF. KIBER SITHERC

 

 

kiber-sitherc@sapo.pt
publicado por professorkibersitherc às 20:00

21
Nov 09

 

 

              O optimista vê as rosas nos espinhos; o pessimista vê os espinhos nas rosas; o realista vê as rosas e os espinhos.

            Cada qual interpreta a vida de acordo com a sua óptica. Nem tudo é bom ou mal, mas o nosso pensamento é que o faz. Realmente existem coisas más, mas também existem coisas muito boas, para as pessoas que sofrem de azedume é mais fácil censurar do que dizer bem.
            Numa viagem de comboio, quem se divertirá mais o pessimista ou o optimista? O pessimista, poderá estar com razão quanto às suas críticas: dos horários, do atendimento dos funcionários, dos preços da viagem, da poluição que avista e de tudo aquilo que o desagrada. O optimista, simplesmente, procurou divertir-se e tirar partido da situação: viajou para se distrair. Por isso, escolheu o lado positivo da vida. Ora essa viagem, poderá ser interpretada como sendo o percurso da nossa existência. Porque não usarmos o optimismo na nossa viagem da vida?  
            Já reparou no conforto em que vive? Tudo graças a muitos cientistas geniais que pensaram e trabalharam para a Humanidade, para que nós usufruíssemos de todos esses prazeres. Até o próprio rei Luís XIV, o rei Sol, nunca gozou de tanto conforto como nós. Como seria a vida sem essas comodidades que nós conquistámos! No entanto, os nossos antepassados se prescindiram deles. Em toda a parte se vêm pessoas que sofrem de azedume. Onde você estiver ali estão eles, bem atentos para a luta e sempre prontos com a mão no gatilho, a disparar as suas frustrações nos outros. Estão sempre descontentes, tudo está mal para eles. Fazem lembrar os anarquistas no século XIX na Rússia , como tudo lhes era negativo, foram rotulados de niilistas, que significa no latim “nada”. Criticam quando estão nas filas dum banco, lamentam-se pelo tempo perdido, depois saem e perdem por vezes o dobro do tempo com um amigo em conversas fúteis. Na rua, estão bem atentos para que possam avistar algo para as suas críticas: quando um incauto passa ao sinal vermelho ou quando alguém os desagrada. 
Conseguem proliferar o seu azedume como uma influência epidémica se tratasse. Por vezes, julgam-se perfeitos, e alguns até de boa fé, tencionam mudar o mundo. Esquecendo-se porém que todos esses lideres do passado, foram impotentes para isso e que apenas deixaram um mar de ideias e de ilusões.
Como ervas daninhas eles conseguem-se alojar em tudo o que é sítio. E sempre encontram alguém, que devido às suas frustrações os apoiam. Em todo o lado os encontramos, quando ouvir as críticas, simplesmente diga sorrindo: “Não bata mais no ceguinho”. Essa expressão os desarma, por vezes eles sorriam e dessa maneira poderá mudar de conversa. Quem tem telhado de vidro não deve atirar pedras ao do vizinho. Lembrai-vos das palavras do Mestre: “E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?” 
Essas pessoas como disse Norman Peale sofrem de psico-esclerose que é o endurecimento dos pensamentos. E para essa cura só existe um remédio: a mudança de pensamento.
Imagine-se na pele alheia: procure ver a situação com os olhos do outro; tentar ouvir com os ouvidos do outro, sentir com o tacto do outro. Quanto mais compreendermos os outros, mais eles gostarão de nós. Afaste-se de gente rabugenta e mal-humorada. A sua influência poderá ser contagiante, não entre nesse jogo crítico e procure mudar de assunto. Se sofre de azedume, experimente refrear a crítica e pratique a lisonjeia. Verá que a vida se tornará mais colorida, interessante e feliz.
 
PROF. KIBER SITHERC

kiber-sitherc@sapo.pt
publicado por professorkibersitherc às 21:23

17
Nov 09

            

 

             Escotoma, é uma expressão pouco usual, clinicamente refere-se a uma perda ou ausência de visão devida a patologias oculares. Na psicologia, usasse esse termo quando alguém se afasta e despreza a realidade, agindo como se não vissem.

            Suponhamos que uma mulher está a ser traída pelo seu parceiro, mas não quer admitir essa realidade, ela é a própria que afirma: “Desde que eu não veja, tudo bem”. Por isso não se apercebe que está a ser enganada.
            Se você ao procurar qualquer coisa, e salientar que não sabe e não vê onde aquilo se encontra, então o seu cérebro adicionará essa mensagem, poderá até passar com os seus olhos por aquilo que procura, mas você não enxergará, é como se estivesse sob hipnose.
            Quando diz: “Não sei onde ponho as coisas”; “Não consigo encontrar”; “Esqueço-me com facilidade”. Automaticamente o seu cérebro aceita essa realidade.        
            É certo que nós temos acesso ao conhecimento e à verdade, através dos nossos sentidos, mas por vezes temos ouvidos e não ouvimos, temos olhos mas não vemos. Tudo nos parece vedado, como se tivéssemos um véu medieval que nos cobrisse a realidade. Pessoas com ideias pré-concebidas, dificilmente se aperceberão de uma nova verdade.
Todos sabemos pela História, como a Europa, mergulhou cegamente na escuridão, devido a ideias pré-concebidas e ultrapassadas. Houve uma cegueira colectiva, o conhecimento apenas brilhou em algumas estrelas, como numa noite escura se tratasse. A Europa civilizada, escotomizou-se os dogmas foram mais fortes e implacáveis, e perseguiram-se as novas ideias, que hoje são aceites como normais. 
A anorexia, poderá ser uma forma de escotoma, a pessoa anoréctica não admite que está magra, pelo contrário, convence-se que está gorda e tudo fará para perder uns quilos a mais, como um alcoólatra, só procura ajuda ao tirar o véu medieval, só assim verá a realidade, passará então a admitir que está doente. 
            Que deverá fazer para se livrar do escotoma ou evitar de se cobrir com o véu medieval? Tudo faz parte de suas crenças, se põe traves a novas ideias, se tem medo da mudança, então criará um alibi, defenderá as ideias tradicionais como se o mundo fosse estático e não fosse sujeito a mudanças.
            Antes de examinar seja o que for, nunca diga: “Eu não acredito”. Seja receptivo às novas ideias e experiências. Lembre-se que muitas coisas que são hoje rotineiras (como voar, as viagens ao espaço, o telefone, a televisão, etc.), foram consideradas impossíveis e motivo de chacota pelos nossos antepassados. 
            Dê maior visão aos seus sentidos, usando expressões como: “Eu vou encontrar”; “Eu vou examinar e tirarei todas as conclusões úteis”; “Estou receptivo a tudo aquilo que eu procuro”; “Com facilidade eu buscarei”. Dessa maneira o seu cérebro liberta todos os obstáculos que poderiam obstruir a sua mente.
            Tentar mudar as pessoas, que estão escotomizadas é uma tarefa inútil (quase impossível), quanto mais mostrar a verdade mais elas se encobrem no seu véu medieval. Quando a pessoa não quer ver, a visão não aparece, apenas vê quem quer. O orgulho de não crer ver a realidade, acaba sempre em teimosia. 
            Lembre-se que ninguém conseguiu mudar o mundo. Sócrates, Buda, Cristo, Maomet, Marx, Gandhi que fizeram eles? Deixaram apenas um oceano de ideias.
            O véu medieval pode cair, quando a pessoa estiver receptiva à verdade, como Newton esteve receptivo, quando viu cair uma maçã e descobriu a lei da atracção.  
 

PROF. KIBER SITHERC  

 

kiber-sitherc@sapo.pt
publicado por professorkibersitherc às 00:06

13
Nov 09

 

 

Duas senhoras foram abordadas numa rodoviária, por um jovem que pedia esmola, apenas uma se mostrou prestável, porém, a outra protestou e salientou que ao dar-lhe dinheiro era um incentivo para o consumo da droga. A senhora que lhe deu esmola disse que era melhor dar-lhe dinheiro, porque se ninguém lhe desse ele teria que roubar o que era muito pior. Porém, a outra não se deu por vencida, buscou outros argumentos a seu favor, mas a outra continuava a defender o seu acto caridoso da esmola. Afastei-me e as duas senhoras continuaram com a sua discussão, com certeza que nem uma nem outra se deu por vencida. Na verdade, ambas estavam certas nas suas opiniões, mas o facto é que aquele jovem era um toxicodependente e necessitava. Aí não nos resta qualquer dúvida que isso foi um facto, quanto às senhoras, apenas apresentaram a sua opinião.
Defendendo ideias ou opiniões como sendo factos, poderá levá-lo a grandes discussões e controvérsias. Lembre-se antes de argumentar, as opiniões poderão ser filosóficas, poderão ser o nosso estilo de vida, mas os factos são a realidade, isto é, comprovativos e científicos. Contra factos não há argumentos. Especula-se e indaga-se e quando não se comprovam os factos, simplesmente teoriza-se.
Não é saudável, entrar em discussões para defendermos o nosso orgulho por vezes mesquinho ou por puro sectarismo. Se acreditarmos que na discussão nasce a luz, então, andaremos sempre em disputas. E a melhor maneira para vencermos uma discussão é evitá-la.
Um certo hipnotizador de palco para sugestionar uma plateia a seu bel-prazer, divulgou a hipnose como sendo misteriosa, e salientou que ele próprio teria poderes fantásticos fora de comum. Um indivíduo levantou-se na plateia, protestou que a hipnose era apenas sugestão, e nada tinha a ver com crenças misteriosas. O hipnotizador era um homem experiente, sorriu para o assistente e exclamou: “Aceito o seu ponto de vista, é uma opinião. Os espectadores pagaram para verem o meu espectáculo, não para divagarmos sobre a hipnose”. E no meio dos aplausos do público o hipnotizador saiu vencedor. O infeliz espectador, porém, ficou desarmado. Perante isto aprendemos uma lição, mesmo sabendo um facto será prudente o silêncio.
Mas o pior ainda, não é divulgar as opiniões como sendo autênticas, mas aceitar essas mesmas opiniões como sendo reais, isto é, como sendo factos. Dessa maneira poderá ser catastrófico. Ora vejamos:
Aceitar a opinião como sendo um facto, que se é demasiado velho para evoluir profissionalmente; aceitar a solidão crendo que os homens são todos iguais; julgando que os jovens são todos inexperientes e imaturos; pensar que todos os ricos são maus e egoístas e os pobres virtuosos; que determinados grupos étnicos são perigosos. Muitos outros exemplos se poderiam citar.
Por vezes essas crenças, derivam de um mero acontecimento que foram interpretados erroneamente como factos, que nos condicionou durante a vida e que nos leva a consequências que podem prejudicar-nos e incentivar a dor.
As opiniões são apenas apreciações, caprichos ou conceitos, não são reais ou consistentes. Se tiver dúvidas da sua autenticidade, deverá investigar se são realmente credíveis na sua aplicação. Os factos, esses sim, são concretos e definidos.
Construa uma vida baseada em realidades concretas e definidas. O seu êxito depende da sua capacidade de separar factos de opiniões, em que essas apreciações são meramente subjectivas, mas os factos são a realidade.  
 
 PROF. KIBER SITHERC
 
 
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publicado por professorkibersitherc às 18:53

12
Nov 09

           

             O ser humano é por natureza vulnerável, ao contrário dos outros animais não tem defesas e armas naturais, sendo desprotegido e nu. Durante toda a sua longa caminhada pela história passou refugiado em grutas e cavernas naturais, para se proteger e salvaguardar a sua descendência. O medo do desconhecido deu origem às superstições e aos mitos. 

            O medo é um sentimento natural, quando ele é autêntico e verdadeiro poderá beneficiar-nos. A reacção psicológica ao medo permite a nossa sobrevivência e preparam-nos para “a fuga e o ataque” perante um perigo iminente. Essa característica também é partilhada pelos outros animais, se não houvesse o medo todos os animais à face da terra já teriam desaparecido. Um exemplo: se as aves não tivessem medo dos humanos ou dos outros animais deixar-se-iam apanhar e já se tinham extinguido. 
            Se não houvesse o medo não seríamos mais cautelosos e prudentes; é esse sentimento que nos leva a proteger as nossas vidas. Um indivíduo que não conhece o medo poderá por a sua vida em perigo; e é o medo que o leva a ser aplicado na sua conduta diária.
            Quando o medo limita a nossa felicidade torna-se “um falso medo” e é fóbico. Exemplo: se alguém nos apontar uma arma é natural que tenhamos medo, pois revela, um sentimento verdadeiro; mas se você mudar de passeio com medo de um cachorro inofensivo é um falso medo, porque é uma fobia.
            Há cerca de 100 classificações de fobias, desde as mais simples e quase inofensivas às mais traumáticas e paralisantes. A pior de todas é a fabofobia: é o medo de ter medo. Gera a ansiedade e o receio de ter medo de uma determinada fobia, de não ser capaz de resolver uma determinada situação. É a preocupação de entrar em pânico antes de surgir o estado fóbico. Exemplo: você ao sofrer da zoofobia (medo dos animais), entrará em pavor ao pensar que vai estar em contacto com eles.
            Vejamos algumas técnicas para se curar das fobias:
Respire profundamente.Quando sentimos medo, retemos a respiração, o cérebro deixa de se oxigenar e fica entorpecido, a circulação sanguínea fica enfraquecida e o cérebro deixa de se irrigar convenientemente. Procure respirar enchendo profundamente os pulmões de ar, verificará então um grande autodomínio e segurança.                                               
Faça a coisa que teme decididamente e sem hesitar. Não diga: “Tenho que fazer isso”; mas diga antes: “Eu quero experimentar isso e eu vou conseguir”. Como uma criança que dá os primeiros passos, ela hesita, tem medo e por vezes até cai, mas ela insiste até conseguir o equilíbrio.
Repita várias vezes a coisa que tanto teme. Lembre-se do exemplo da criança nos primeiros passos; ela não desiste apesar de muitos esforços. A mesma coisa acontece com os passarinhos quando saem nos ninhos; tanto se esforcem e batem as asas que acabam por voar. 
Ria-se do seu medo.Experimente ridicularizá-lo não leve a sério essa fobia. Não lhe dê a importância que tanto teme, convença-se que esse medo não é verdadeiro e que não há razão para se assustar.  
Use o conhecimento.Usando os factos e a lógica distancia-se do medo. Se tem medo das aranhas e dos insectos, procure saber algo a cerca deles e verificará que a maioria são inofensivos e muito interessantes e procure ter alguns para se familiar com eles. O conhecimento dissipa o medo; a ignorância poderá gerar o pânico.    
 PROF. KIBER SITHERC
 
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publicado por professorkibersitherc às 18:29

25
Out 09

 
            Vimos no número anterior a técnica mais simples para desligar o pensamento; desvalorizá-lo e não lhe dar importância alguma, porque ele na verdade não é real. Tudo aquilo que nós aprovamos e acreditamos processa-se no nosso cérebro como uma realidade.
            Quando o pensamento negativo está enraizado na mente, por vezes torna-se difícil erradicá-lo, como uma erva daninha, terá que ser arrancado, antes que se alastre e provoque a infelicidade e a doença. É possível erradicá-lo de uma só vez para que não nos volte a importunar. Os mesmos pensamentos poderão ser controlados para que não andem a acatar-nos; espreitando-nos para nos deprimir e impedir-nos de sermos felizes.
            Vejamos os vários métodos para deter o pensamento:
            O método da desvalorização do pensamento: consiste em desvalorizar o pensamento que nos inquieta, que em cima me referi e que foi desenvolvido no mês anterior.
            O método “Stop”: consiste em quebrar os pensamentos incomodativos de uma maneira rápida, quando eles nos aparecem. Quando surgirem pensamentos negativos, visualize na sua mente um sinal de “Stop”. Imagine uma voz forte e enérgica que lhe diga: “Já basta” Pense em bloqueá-lo, e mude o pensamento para um positivo. Um pensamento enraizado demorará mais tempo a quebrá-lo. Faça esse exercício persistentemente, com a prática o seu cérebro fará isso de uma maneira automática.
            O método de troca: consiste em fazer parar mentalmente a “imagem”, que o incomoda. Depois dar-lhe relevo: brilho, destaque e trocá-la por outra positiva. Exemplo: suponhamos que está triste por algo que lhe aconteceu; congele essa imagem, ponha-a imóvel, dê-lhe brilho, aumente-a em tamanho, depois troque-a por uma positiva, não esquecendo de lhe dar relevo, brilho e destaque à imagem posterior. Depois desligue, e pense noutros assuntos positivos, pois convém, para não entrar na obcecação mental.  
            O método da manipulação: é o mais criativo de todos eles, porque consiste em manipular o pensamento através dos nossos sentidos.
            Se você não gostar de um canal de televisão poderá mudar de programa, escolher o que lhe convém, baixar o som e inclusive desligar. O mesmo se passará com os seus pensamentos negativos; é tão simples como desligar o interruptor da luz.
            Com a mente poderá fazer o mesmo: é possível desligar-se de todos os pensamentos irritantes através da manipulação dos sentidos.
            Visualize uma cena que o tenha incomodado. Use a audição e experimente baixar o som como faz ao televisor, agora tire o som totalmente do diálogo interior persistente, visualize que no diálogo apenas os lábios se mexem. Veja a diferença de estar sem som. As tais palavras enfadonhas que quase lhe furavam os tímpanos desapareceram. Agora experimente fazer o mesmo à imagem inquietante que o perturba. Escureça-a cada vez mais, reduza-a a uma pequenez insignificante, até que desapareça.
            Se na sua mente, permanece a lembrança da desagradável voz de alguém, poderá modificá-la pela manipulação auditiva. A voz irritante poderá tornar-se a fala de um cómico palhaço, ou de um desenho animado. Com a técnica da manipulação, poderá visualizar a tal pessoa enfadonha, como um insignificante pigmeu, a uma pequenez exagerada.
            Lembre-se, quando se irrita ou se aborrece, amplia na sua mente essa imagem; quando desvaloriza essa emoção, a sua mente a reduz e a circunscreve.
 
PROF. KIBER SITHERC

kiber-sitherc@sapo.pt
publicado por professorkibersitherc às 14:45

20
Out 09

 

 
            Há cerca de um milhão e meio de anos, surgiu em África o Homo erectus, que se caracterizou pela sua coluna vertebral erecta. Factor que foi decisivo na sua evolução, a sua estrutura erecta, permitiu um desenvolvimento impar, que se distanciou de todos os outros animais.
            Devido à nossa posição elevada, somos os únicos que podemos contemplar e abraçar até ao infinito as estrelas. Sonhar com o horizonte do espaço, sendo essa a nossa última fronteira. Apesar de termos feito tantos progressos, ainda há muitos humanos que parece que ainda não desceram das árvores, que se comportam como os primatas!
            A característica de uma pessoa deprimida, fracassada, frustrada e abatida é representada por costas curvadas, os ombros inclinados, caindo para a frente, figura desajeitada e triste. Andar lento e pesado. Olhar vago, por vezes fixando o chão e respiração fraca. 
            Lembre-se, há uma lei universal no esoterismo e na psicologia, que tudo o que é ascendente é positivo; e o que é descendente é negativo. Ciências como a grafologia, quirologia, e onirologia (interpretação dos sonhos) baseiam-se nesse facto.
            Os pesquisadores da linguagem do corpo, sabem que as nossas representações internas (pensamentos criados pelo cérebro), se exteriorizam e reflectem-se na nossa postura corporal. Se você estiver num estado e comportamento negativo e frustrante, seu cérebro automaticamente influencia sua fisiologia: postura, respiração, energia, tensão muscular e relaxamento. Se olhar para o espelho num estado negativo, realmente vê um rosto triste e abatido, devido aos pensamentos depressivos que se originaram no cérebro. Estar triste ou alegre foi uma representação interior que criou a sua mente, e tudo isso influenciou a sua expressão corporal.
            Se você modificar a sua fisiologia, automaticamente influencia os seus pensamentos e comportamentos. A representação interna e a fisiologia trabalham juntas numa conexão cibernética. O que atinge uma automaticamente atinge a outra. Por isso, se houver mudanças de estado de espírito, envolvem mudanças de representação interna e fisiologia.    
            Se estiver triste, e abatido não se ponha numa posição de cabeça inclinada, chorando e enrolando-se numa posição fetal. Ponha-se de pé, não inclinado, nem dobrado, bem direito, mas não rígido, nem tenso, mas descontraído e elevado. Respire profundamente, levante a cabeça, olhe para cima. Ficará surpreendido ao verificar que o seu estado melhorará rapidamente, porque transmitiu ao cérebro a sua autoconfiança e elevação positiva.
            A maneira como ficamos de pé ou sentados enroscados, tem muito que ver com a maneira como estamos nos sentindo. Ao se aprumar, começará também a pensar direito. Movimento o seu corpo, caminhe levemente, concentrando-se como se tentasse atingir algo mais alto com a ponta da cabeça. Dê largas passadas, com harmonia e elegância. Não cruze os braços, o que tornará uma pessoa defensiva, relaxe-os ao caminhar como pêndulos.
Reparará como se sentirá leve, deixará de tropeçar, porque toda a sua estrutura estará elevada, a coluna vertebral ficará erecta, todos os canais vitais, ficarão mais funcionais, incluindo a medula espinhal, que por meio dela o cérebro, controlará o seu corpo de uma forma positiva. Dessa maneira, seu cérebro recebe uma nova mensagem sobre como se sentir positivamente. Suas sensações e emoções, mudam quase no mesmo instante para se sentir cheio de vitalidade, autoconfiança e tranquilidade.           
           

PROF. KIBER SITHERC

 

 

kiber-sitherc@sapo.pt
publicado por professorkibersitherc às 01:15

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