Esoterismo, Lendas, Mitos, Parapsicologia, Auto-Ajuda. kiber-sitherc@sapo.pt

24
Jan 11

 

            O tratamento do tabagismo apresenta aspectos psicológicos muito semelhantes aos de alcoolismo, embora, geralmente de forma muito mais branda. Muitas pessoas conseguem deixar de fumar sem nenhuma ajuda alheia. Muitos dos fumadores recorrem à terapêutica substitutiva, chupando rebuçados (balas) em vez de mamar charutos ou cigarros. A hipnose, em todo o caso pode suavizar, apressar e facilitar esse desmame em muitos fumadores inveterados.

 

            O condicionamento repulsivo no caso do vício do tabaco pode ser à base de gasolina. Há hipnotistas que se servem de condicionamentos mais extravagantes, desnecessários. O gosto de gasolina basta para incompatibilizar um fumador com o seu vício.

 

            Certa senhora, tendo recebido um condicionamento repulsivo desse tipo, justificou a associação do gosto do cigarro ao cheiro de gasolina, declarando que sentia o cheiro da benzina de isqueiro, sempre que levava um cigarro à boca.

 

            Eis um exemplo dessa sugestão: “Preste atenção às minhas palavras. Obedecerá a todas as minhas sugestões na ordem em que foram apresentadas. De agora em diante sentirá uma profunda repulsa pelo cigarro, pois todo o cigarro que levar à boca, não importa a marca, terá gosto de gasolina. Acontece que, independentemente desse gosto de gasolina, você não quererá mais saber de fumar. Não sentirá mais necessidade do fumo. Se, porventura, no princípio, se impacientar por falta de cigarro, poderá chupar uma bala (rebuçado) e ficar perfeitamente calmo e apaziguado. Muito em breve, também os rebuçados tornar-se-ão perfeitamente dispensáveis. Você passará muito bem sem fumar. A sua saúde e os seus nervos beneficiarão com isso extraordinariamente. Você sentir-se-á plenamente compensado. Nunca mais tornará a fumar, etc.”

 

            Antes de acordar o paciente, repete-se-lhe a sugestão da memória pós-hipnótica. Ao paciente acordado oferece-lhe em seguida um cigarro.

 

            Provavelmente não se mostrará muito inclinado a fumar. E se levar o cigarro à boca sentirá o gosto sugerido. Nos casos em que o tabagismo tem as suas raízes numa oralidade de tipo primário e incorporação voraz do objecto odiado, fazendo um jogo de auto-destrutivo, o condicionamento repulsivo não somente não resolve o problema, como ainda pode estimular as determinantes masoquistas orais do vício. Aconteceu uma declaração de um enfisemático, inconscientemente empenhado na auto-destruição. “Não é preciso sugerir-me repulsa pelo cigarro… Não existe nada mais repugnante para mim… O fumo dá-me nojo… Mas esse nojo não consegue afastar-me do vício. Diria, que ao contrário, ainda o alimenta mais”. O recurso terapêutico em tais casos é a psicanálise de duração indeterminada.

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            O mais importante da hipnoterapia sugestiva, como de qualquer outra, é a reeducação do inconsciente do paciente. E reeducar significa ajustar ou reajustar o indivíduo à realidade da vida. A psicanálise facilita substancialmente os expedientes da reeducação. Todavia, mesmo sem o concurso especificamente analítico, com hipnoterapia funcional sugestiva, já se conseguem resultados extraordinários.

 

            O êxito hipnoterapêutico exige por parte do hipnotista, além da capacidade psicológica e técnica, uma decidida dedicação à causa do paciente e uma firme resolução de curá-lo pela hipnose, ainda que as extensas e repetidas sessões. A lei do menor esforço e o comodismo neutralizam as melhores chances terapêuticas nesse sentido.

 

            Por esse lado, o hipnotista de palco leva a vantagem do êxito compulsório. Um fracasso em público pode significar, além do transtorno comercial e teatral momentâneo, o fim de uma carreira. O hipnotizador de palco, ao contrário do seu colega de gabinete, não pode dar-se ao luxo de fracassar. E nem sequer aludir à possibilidade de um insucesso ao apresentar-se em público. A mesma táctica tem de ser usada pelo hipnoterapeuta. Ele tem de retribuir e confirmar a fé que nele deposita. Equivale a dizer que não unicamente o hipnotista tem de estar convencido da possibilidade da cura, mas também o paciente.

           

            Diz Sadler a propósito: “O paciente tem de estar convencido de que vai ficar bom. Ideia essa que lhe é inculcada na mente até que se lhe transforme numa convicção, a qual, por sua vez, é a base da sua cura”.

 

            Referindo-se à cura por acção sugestiva, Alexis Carrel alude aquela “sensação súbita de cura em segundos, em minutos ou, mais extensa das hipóteses, em poucas horas: cicatrizam-se feridas, desaparecem, como por encanto, sintomas patológicos, restauram-se apetites… são curas que se caracterizam sobretudo por uma extraordinária rapidez da restauração orgânica”.

 

            Sabemos que as curas hipnóticas se caracterizam notoriamente pela sua acção aceleradora sobre os processos orgânicos da restauração física.

 

PROF. KIBER SITHERC

 

 

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publicado por professorkibersitherc às 21:39

16
Jan 11

 

            É demais popular a indicação da hipnoterapia para o tratamento do alcoolismo. Como nos casos anteriores, teríamos de considerar preliminarmente que o indivíduo que bebe tem as suas razões para beber e, que o conhecimento dessas razões seria de decisiva utilidade no trabalho terapêutico e reeducativo. Tal conhecimento, pela sua própria natureza, exige como sabemos, uma exploração sistemática do inconsciente, o que equivale a dizer, um tratamento psicanalítico, com ou sem hipnose, ou uma psicoterapia de base analítica. Todavia, mesmo sem análise, só com o tratamento hipnótico sugestivo. Têm-se conseguido resultados bastante animadores em muitíssimo casos.

 

            A clássica táctica, empregada, tanto para a cura do alcoolismo como para o tabaquismo é a do condicionamento repulsivo. Apresenta-se ao paciente em transe médio ou profundo, uma garrafa devidamente rotulada, contendo a sua bebida preferida. Para isso o paciente terá de abrir os olhos. Sabemos, entretanto, que esse acto não lhe afectará o transe profundo. Serve-se-lhe em seguida um trago, recomendando-se-lhe, porém, que, conserve o líquido na boca, enquanto o paciente se deleita com a bebida na boca, declara-se-lhe dramaticamente que ele foi vítima de uma burla, pois o líquido que retém agradavelmente na boca não é aquilo que se lhe mostrou, mas, sim, uma substância muito repulsiva (urina ou gasolina). O paciente, acto contínuo, cuspirá o álcool, certo de que o enganaram.

 

            Fixa-se-lhe então o condicionamento repulsivo com carácter pós-hipnótico: “Sempre que você levar álcool à boca, você sentirá este gosto (de urina ou gasolina) ”.

 

            Escusado será dizer que o condicionamento repulsivo apenas incompatibiliza o paciente com a forma específica do vício, não lhe resolvendo o problema, uma vez que as razões que o levaram ao alcoolismo ainda continuam ignorantes, simplesmente bloqueado o acesso à bebida, o paciente poderá encontrar outro escape e manifestar outros sintomas, ainda mais nocivos do que aqueles. Pode vir a sofrer de intensas cargas de ansiedade e, sequestrado do escoadouro habitual, tornar-se excitado e, mesmo desesperado; casos há que a vítima condescende com tendências delinquentes ou suicidas.

 

            Daí a necessidade de coadjuvar o condicionamento repulsivo com uma técnica sugestiva própria, visando compensar e acalmar pós-hipnótica o paciente. Sugestiona-se o paciente: “A bebida não é unicamente repulsiva para você; é também desnecessária. Você mesmo não quererá beber mais. Você achará repulsivo não apenas o gosto do álcool, senão também o próprio vício”.

 

            Recomenda-se descrever ao paciente, de forma dramática, os malefícios morais e físicos que o álcool produz ao indivíduo viciado. E, por outro lado, descrever os benefícios que advêm da sua abstinência. É a terapêutica compensadora. O paciente tem de ganhar algo em troca do seu sacrifício. Esse algo tem de ser apresentado da maneira mais sedutora possível.

 

            Antes de acordar o paciente, sugere-se-lhe repetidamente a amnésia pós-hipnótica: “Vai acordar muito bem-disposto, mas não se lembrará de nada do que acabo de dizer”.

            Conforme as reacções que o paciente manifestar ao álcool depois de acordado, fixaremos o número das sessões necessárias e a sua orientação específica para cada caso, a fim de assegurar o êxito do tratamento.

 

PROF. KIBER SITHERC

 

 

   

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publicado por professorkibersitherc às 22:29

12
Jan 11

 

            A aplicação da hipnose que envolve menos problematismo e que oferece os benefícios mais imediatos é a anestésica. No entanto, é precisamente nesse sector que se verificam geralmente, as maiores resistências e cepticismo por parte dos médicos. Lembramos, a propósito, os pacientes de Esdaile, que, há quase dois séculos sofriam as mais severas intervenções com absoluto êxito e que eram apontados pelos inimigos do hipnotismo médico, como um grupo de endurecidos e renitentes impostores.

 

            O Dr. José Monteiro, anestesista num dos nosocómio da cidade de S. Paulo, na presença de colegas e com a plena aprovação do cirurgião assistente, induziu, pelo método puramente verbal uma paciente de setenta anos, convalescente de um enfarte violento. Dias após o enfarte, manifestava-se na paciente numa gangrena na perna direita, exigindo imediata amputação. Os médicos pareciam acordes em que a menor dose de anestesia química resultaria fatal.

 

            A anestesia hipnótica apresentou-se como a única solução para o caso. Felizmente a paciente, não obstante a avançada idade, mostrou-se bastante susceptível à hipnose. A amputação, que durou uma hora, transcorreu sem incidentes. A paciente manteve-se semi-consciente durante a hipnose.

 

            Respondia, não somente às perguntas que o hipnotista lhe fazia, como também às que lhe eram feitas pelos demais médicos presentes. Não se queixava de dores. E enquanto as houvesse não lhes pareciam fazer diferença. Queixava-se, no entanto, do ruído metálico produzido pelos instrumentos, martelo e talhadeira, que o cirurgião usara em lugar do clássico serrote. Devidamente condicionada, a paciente teve um óptimo pós-operatório. À interpelação do médico, no dia seguinte:

            - A Senhora sabe que tive de cortar-lhe um pedaço da perna? – respondeu sorrindo:

            - Sei que o Doutor me cortou a perna. Assisti a tudo. Causou estranheza geral o facto de se haver induzido a anestesia com tão singelas palavras.

 

            Sem passes, sem fascinação ocular e sem nenhuma encenação especial. Na ficha referente à intervenção em questão, consta que o “Dr. José Monteiro usou, em lugar da anestesia uma conversa-hipnose”.

 

            Não restam dúvidas que a hipnose constitui a anestesia ideal. Não apresenta nenhuma dos inconvenientes ou efeitos secundários da anestesia química.

 

            Dispensa exames clínicos. Não exige jejum. É de lamentar que nem todos os pacientes sejam bastante hipnotizáveis. Acredita-se que a hipnose não elimina a dor propriamente dita mas, unicamente as componentes emocionais da mesma. Mas, como quer que seja, o paciente que já passou por essa experiência não se queixa e, sempre preferirá esse processo anestésico a qualquer outro.

 

PROF. KIBER SITHERC 

 

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publicado por professorkibersitherc às 21:30

08
Jan 11

 

            O português, Abade Faria, foi o primeiro hipnotista a reconhecer que a hipnose era devida à sugestão e não ao “magnetismo animal”, como então se julgava na época.

 

            A hipnose explica-se, entre outras coisas, como um fenómeno de projecção. Ao menos em grande parte, o paciente é vencido pelas suas próprias armas, armas estas que o hipnotista tem de saber seleccionar e utilizar adequadamente. Não percamos de mente que toda a sugestão é, em última análise largamente auto-hipnose, e todo o medo, no fundo, medo de si mesmo.

 

            Contrariamente ao que ensinam os livros populares, a fé inabalável no hipnotismo e a vontade forte não constituem os atributos fundamentais e directos do hipnotista, mas, sim, do paciente. A experiência mostra que os melhores pacientes são precisamente os tipos voluntariosos, em suma, as pessoas de muita vontade ou de vontade forte.  

 

            Os livros do tipo “Querer é Poder” nos quais os autores se comprazem em confundir a simples vontade de poder com o poder da vontade têm contribuído largamente para formar óptimos pacientes e, péssimos hipnotizadores. A notória escassez de bons hipnotizadores pode ser atribuída em grande parte a esse género de leitura sobre o assunto.

 

            Do que se acaba de expor não se insere que o hipnotizador não deva ter vontade, ou que seja, necessariamente, dotado de pouca vontade ou de uma vontade débil.

 

            Todas as teorias e conceitos sobre hipnose, seja qual for a parcela de verdade que contenham e o grau da sua importância prática, não valem senão na medida em que elucidam as motivações e os mecanismos desse fenómeno eminentemente psicológico que é a sugestão, nas suas diversas graduações.

 

            Há uma tendência de desmerecer o fenómeno da hipnose com o argumento de que tudo não passa de sugestão. Como se a sugestão fosse necessariamente coisa superficial, desprezível sem a maior importância para a nossa vida. Acontece que a sugestão representa uma das forças dinâmicas mais ponderáveis da comunidade humana, força essa que transcende os limites da própria espécie, actuando sob a forma de reflexo condicionado, no próprio hipnotismo animal. Não acarreta unicamente alterações sensoriais e modificações de memória, podendo afectar todas as funções vitais do organismo tanto no sentido positivo como no sentido negativo da palavra. A sugestibilidade, embora sujeita a variações de grau e de natureza é um fenómeno rigorosamente geral. Todos somos mais ou menos sugestionáveis e é possível que todos ou quase todos fôssemos hipnotizáveis se dispuséssemos de métodos adequados de indução.

 

            Não fora a sugestão uma força de eficiência social incomparável e não se justificaria a mais abrangente de todas as indústrias modernas, que é a indústria publicitária, isto é, os anúncios que ocupam duas terças partes de quase todos os órgãos da imprensa, além dos dispendiosos patrocínios de rádio e de televisão.

 

            A sugestão é uma força que nos domina a todos, em grau maior ou menor, e longe está de exercer uma acção superficial ou apenas acidental na nossa vida.

 

            O hipnotismo é a arte de convencer, porque só quem hipnotiza convence e quem convence hipnotiza.

 

PROF. KIBER SITHERC

 

 

 

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publicado por professorkibersitherc às 14:04

05
Mar 10

 

            Na Rússia aconteceu o caso mais extraordinário na história da Hipnose. Grigory Yefimocich (Effimovitch), mais conhecido por Rasputin, que significa na língua russa “depravado”. Nasceu na Sibéria em 1864, começou muito jovem a levar uma vida boémia e estouvada; era mulherengo, viciado no álcool e no tabaco. Era astuto e tinha aprendido o poder do hipnotismo; tinha uma grande influência pessoal e poder hipnótico.
 
            Exercia esse poder sobre as outras pessoas para conseguir os seus desejos sem escrúpulos. A sua fama espalhou-se e chegou à corte imperial. O filho do Czar sofria de hemofilia; os mais famosos médicos tentavam curar o príncipe herdeiro mas sem êxito.
 
            Alguém sugeriu Rasputin como única salvação, foram buscá-lo à Sibéria sendo logo apresentado à Família Imperial. Tão bons resultados mostrou na sua primeira tentativa que, dentro em pouco se tornou um elemento indispensável na corte Russa. Dominava o príncipe e o seu aspecto dominador exercia sobre as pessoas uma influência estranha. O seu domínio alargava-se, por fim até sobre os negócios do próprio Estado.
 
            Dizia-se monge católico e com poderes sobrenaturais ou divinos e, finalmente até se proclamava santo. Foi um dos maiores escândalos numa família real, pois a sua actividade até atingia as nobres damas da corte.
 
            Todos o tratavam por santo e todos o temiam. As damas da primeira aristocracia russa acreditavam em Rasputin e praticavam os seus conselhos ou ordens. O devasso acabou por ser morto por patriotas do seu próprio círculo social.
 
PROF. KIBER SITHERC
 
  

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publicado por professorkibersitherc às 19:19

23
Fev 10

 

            Podem-se empregar vários recursos artificiais para poupar esforço ao hipnotizador, ou ao mesmo para preencher faculdades que lhe faltam: contemplação de espelhos circulares ou rotativos, fixação dum ponto brilhante, cheiros especiais e, sobretudo um hipnoscópio.
 
            Estes recursos podem ser usados sobre o melhor critério do praticante. Mas é claro, a sua finalidade é para completar sugestões verbais, as quais já que poderá criar a seu modo, baseando-se nas que já descrevemos em vários métodos. A prática lhe dará facilidade de palavra, de gesto e, enfim de movimento. O hipnotizador que não tenha uma vista penetrante poderá usar a voz na sugestão, com alguns métodos artificiais.
 
            Actualmente, é possível, com o auxílio de certas drogas psicofísicas ou hipnóticas, conseguir-se provocar o dormir hipnótico. Mas tal recurso não pode ser empregado por qualquer pessoa, mas só por médicos competentes e em casos raramente justificáveis.
 
             De resto, já não se pode considerar dentro do hipnotismo os narcóticos, hipnóticos ou barbitúricos, cujas reacções e manifestações são bem diferentes, embora aparentemente se pareçam às hipnóticas. Mas são de acção mais fisiológicas do que psíquica. Contudo a ligação dessas duas reacções tão diferentes mas aparentemente tão parecidas, merece um estudo especial do médico.  
 
PROF. KIBER SITHERC
 
 
  

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publicado por professorkibersitherc às 21:59

16
Fev 10

 

            Donato foi um dos maiores hipnotizadores de todos os tempos. Tinha um poder hipnótico verdadeiramente assombroso. Donato, estando um dia em Paris, foi convidado a fazer uma conferência sobre as suas teorias. Um dos assistentes, depois de escarnecer da tese apresentada por Donato, desafiou-o publicamente a que o hipnotizasse. Serenamente, donato aceitou e em poucos momentos obrigou o descrente paciente a ajoelhar-se e a manter-se muito tempo nessa posição, apesar dos tremendos esforços que fazia para se levantar.
 
            Donato fazia sentar comodamente o paciente recomendando-lhe que estivesse à vontade, sem se contrair e, que se sentisse como estivesse numa noite de insónia, isto é, como pensasse só em querer dormir, e que o fixasse nos olhos. Que não tivesse receio algum. Fixando também os olhos do paciente, sem nunca baixar as pálpebras, segurava-lhe as mãos pelos pulsos e, ia-lhes apertando gradualmente.
 
            O hipnotizador não deve baixar os seus olhos diante do paciente, para não mostrar inferioridade, dizia Donato. Quando reparar então que o paciente dá os primeiros sinais de sono, dizia Donato o que facilmente pode notar por um baixar de pálpebras mais frequente e demorado, abane-lhe ligeiramente os pulsos e, com os polegares baixe-lhe as pálpebras por completo, fazendo uma ligeira pressão como que a colá-las. O paciente talvez comece agora a dormir, e gradualmente, poderá cair em sono profundo. Segundo Donato, a fixidez do olhar é fundamental para o hipnotizador.
 
            Para isso, são necessários demorados e pacientes exercícios. Poderá você, para se exercitar, colocar-se diante do espelho e fixar o seu próprio olhar durante o máximo tempo possível. A princípio, passado algum tempo, sentirá um ardor forte e os olhos a lacrimejar. Descanse um pouco de olhos fechados e, recomece fazendo isto várias vezes e, assim todos os dias.
 
            Quem usa óculos deve usar processos de hipnotização em que não seja indispensável usar o olhar porque, os óculos, além de tirarem grande parte da influência da mira devido às lentes, o olhar perde a nitidez que devia ter e, até mesmo os olhos do hipnotizador se inferiorizam perante os do paciente.
 
PROF. KIBER SITHERC
 
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publicado por professorkibersitherc às 19:33

 

            Charles Richet (1850-1935), Médico, fisiologista, professor da Sorbonne e prémio Nobel de 1913. Foi um dos grandes divulgadores franceses da hipnose.
 
            O seu método é o seguinte:
            Manda-se sentar o paciente na sua frente e, segurando-lhe as extremidades de dois dedos de cada mão, vai-se apertando gradualmente e uniformemente de forma que o paciente começa a sentir um torpor e um peso nos braços e, sobretudo uma certa sensação nos pulsos. Seguidamente, faz-se uns passes com as mãos sobre a cabeça, testa e, sobretudo por cima das pálpebras. Estes passes são feitos de cima para baixo, e para os lados, sobre as sobrancelhas.
 
            O Dr. Richet, de princípio fazia o paciente fixar qualquer objecto brilhante mas, depois, verificara isto não ser preciso, e que a fixação do olhar fazia cansar.
 
 
PROF. KIBER SITHERC  

 

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publicado por professorkibersitherc às 01:13

15
Fev 10

 

            Ambroise Auguste Liébault (1823-1904), Foi um médico francês, fundador da “Escola de Nancy”, em 1866. Dedicou-se ao estudo da sugestão hipnótica e seu uso no cuidado da saúde. O Dr. Liébault foi um seguidor do Português Abade Faria, um dos pioneiros no estudo científico do hipnotismo.
 
            Foi Liébault quem iniciou Émile Coué, psicólogo e farmacêutico francês, na ciência da hipnose, a partir do qual criou o seu método próprio.
            O método hipnótico do Dr. Liébault é o seguinte:
            Depois de sentar o paciente, Liébault colocava-lhe a mão espalmada sobre a testa e baixando-a lentamente, de maneira a fechar-lhe os olhos, ia acompanhando os gestos com sugestões verbais:
 
            - Pense só no sono… você tem os olhos fatigados… as suas pálpebras pesam… sente peso nos olhos, nos braços e nas pernas… agora vai dormir profundamente… você tem sono…sono… durma…
            E em pouco tempo, é natural que o sono se produza no paciente.
 
PROF. KIBER SITHERC
 
 
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publicado por professorkibersitherc às 23:47

04
Fev 10

 

            Hansen, hipnotizador de palco no início do século XX, arrebatavam multidões com demonstrações públicas e proporcionavam grandes espectáculos. Nas plateias, invariavelmente, também estavam presentes importantes personalidades como artistas, médicos, professores e cientistas que, a partir daí, interessavam-se pelo assunto e davam novos impulsos à hipnose.
 
            Freud teve o seu primeiro contacto com a hipnose quando era estudante, quando assistiu a uma apresentação de Hansen "o magnetizador", (como então era chamado naquela altura), através da qual se assegurou da credibilidade dos eventos hipnóticos.
 
            O processo de Hansen, é muito violento. Hansen fazia o paciente andar bastante tempo no palco, descrevendo um círculo e, de repente, acercava-se dele, agarrava-o bruscamente nos olhos, sugestionando com frases enérgicas e incisivas até o paciente adormecer profundamente, provocando assim a fascinação. Mas só é possível este método em pessoas muito sensíveis.
 
PROF. KIBER SITHERC
 
kiber-sitherc@sapo.pt
publicado por professorkibersitherc às 18:05

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