No período da conquista do México por Cortês, a cidade Tenochtitlán (presentemente a Cidade do México) tinha uma aparência imponente.
Várias lendas localizam a sua fundação como sendo contemporânea de Huitzilopochtli. A mais popular dessas lendas relata como Nahua nómada observou, escarranchado num cacto, uma águia enorme e majestosa, levando nas garras uma enorme serpente e estendendo as asas para apanhar os raios do sol nascente.
Os xamãs da tribo, vendo nisso um bom presságio, aconselharam os seus chefes a instalar-se naquele local e, ouvindo a voz daquilo que consideravam a autoridade divina, começaram a levar pilares para aquele chão pantanoso, lançando, assim, as fundações da grande cidade de Tenichtitlán, ou México.
Uma elaboração desta lenda conta-nos como os Astecas, por volta do ano 1325, procuraram refúgio na margem ocidental do lago Texcoco, numa ilha entre pântanos, onde encontraram uma pedra.
Quarenta anos antes, um dos seus sacerdotes tinha ali sacrificado um príncipe chamado Copal que tinha sido feito prisioneiro. Uma planta nopal teria nascido numa fresta cheia de terra deste rude altar, em cima dele, e via-se a águia-real, a que se aludiu neste relato, agarrando a serpente nas garras.
Considerando isto um bom presságio, impelido por um impulso sobrenatural que não conseguia explicar, um alto sacerdote atirou-se a um lago onde se encontrou frente a frente com Tlaloc, deus das águas. Depois de uma entrevista com a divindade, o sacerdote obteve permissão para fundar a cidade naquele local, de cuja humilde fundação surgiu a metrópole do México-Tenochtitlán.
PROF. KIBER SITHERC