Esoterismo, Lendas, Mitos, Parapsicologia, Auto-Ajuda. kiber-sitherc@sapo.pt

17
Fev 10

 

            Segundo uma antiga lenda bijagó, a vida começou assim: Deus, o Criador, existiu sempre e, no início da vida, foi criada a primeira ilha - a ilha de Orango - que era o mundo.
            Mais tarde, chegou um homem e a sua mulher, de nome Akapakama. Eles tiveram quatro filhas a que deram os nomes de Orakuma, Ominka, Ogubane e Oraga.

            Cada uma das filhas de Akapakama teve, por sua vez, vários filhos, os quais receberam por parte do avô direitos especiais.
            Os de Orakuma, receberam a terra e a direcção das cerimónias nela realizadas, bem como o direito de fazer as estatuetas do Irã, tendo sido a primeira executada por Orakuma e feita à imagem do Deus. Este direito seria também dado por Orakuma às suas irmãs.
            Os de Ominka receberam o mar e passaram a ocupar-se da pesca. Os de Oraga receberam a natureza com as bolanhas e as palmeiras, o que lhes daria a riqueza.
            Os de Ogubane receberam o poder da chuva e do vento podendo desencadeá-los, controlando assim o suceder das épocas, da seca e das chuvas.

            Assim, as quatro irmãs desempenhavam funções diferentes mas que se complementavam.
            Esta é a razão que, segundo a lenda, explica o papel muito importante que as mulheres desempenham na sociedade bijagó. Elas ainda hoje têm direitos especiais, tais como a construção das casas e a realização de cerimónias próprias. E ainda o das raparigas, segundo os Bijagós, em que reincarnam as pessoas que morrem na família e no clã.

            Tal como em outras sociedades, a arte bijagó está estreitamente ligada à religião. A representação dos Irãs encontra especial relevo na escultura em madeira, a qual se alarga à representação de outras cenas da vida quotidiana e à produção de objectos de uso comum.
            Hoje, só os homens podem ser escultores, mas nota-se já uma diminuição dos que se dedicam a esta actividade, o que faz com que existam poucos escultores com autoridade para executar as estatuetas dos Irãs.

            Em princípio não há condição especial para que um homem se tome escultor. A aprendizagem é feita junto de um outro escultor já famoso e pode-se começar essa aprendizagem com qualquer idade.
            Nas ilhas onde há muitos escultores alguns especializam-se num determinado tipo de trabalho.
 
PROF. KIBER SITHERC

 

 

 

 

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publicado por professorkibersitherc às 22:26

02
Jan 10

 

            O Arquipélago dos Bijagós é o único arquipélago da costa ocidental africana com oitenta e oito ilhas espalhadas numa superfície de 10000 km2. Destas ilhas, apenas uma vintena estão sistematicamente ocupadas, sendo as outras ilhas objecto de explorações sazonais ou ilhas consideradas sagradas pelo povo dos Bijagós. Com cerca de 30 mil habitantes, maioritariamente composta pela etnia que dá o nome à ilha, as ilhas dos Bijagós possuem uma riqueza natural excepcional, tanto a nível dos seus recursos naturais como a nível cultural.
 
            Contam os Bijagós, da Guiné-Bissau, a lenda de que foi o Macaquinho de nariz branco quem fez a primeira viagem à Lua.
 
            Segundo dizem, certo dia, os macaquinhos de nariz branco resolveram fazer uma viagem à Lua a fim de trazê-la para a Terra. Após tanto tentar subir, sem nenhum sucesso, um deles, o mais pequeno, teve a ideia de subirem uns por cima dos outros, até que um deles conseguisse chegar à Lua. Assim fizeram, porém, uma pilha de macacos desmoronou e caíram todos, menos o menor, que ficou pendurado na Lua.
 
            Esta lhe deu a mão e o ajudou a subir. A Lua gostou tanto dele que lhe ofereceu, como prenda um tamborinho. O macaquinho foi ficando por lá, até que começou a sentir saudades de casa e resolveu pedir a Lua que o deixasse voltar.
 
            A lua o amarrou ao tamborinho e desceu pela corda, pedindo a ele que não tocasse antes de chegar à Terra e, assim que chegasse, tocasse bem forte para que ela cortasse o fio. O Macaquinho foi descendo feliz da vida, mas na metade do caminho, não resistiu e tocou o tamborinho.
 
            Ao ouvir o som do tambor a Lua pensou que o Macaquinho houvesse já chegado à Terra e cortou a corda. O Macaquinho caiu, antes de morrer, ainda pode dizer uma moça que o encontrou, que aquilo que ele tinha era o tamborinho, que deveria ser entregue aos homens do seu país. A moça foi logo contar a todos sobre o ocorrido. Vieram pessoas de todo o país e, naquela terra africana, ouviam-se os primeiros sons de tambor.
 
PROF. KIBER SITHERC
 
 
 
 
 
 
 
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publicado por professorkibersitherc às 14:40

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