Sybil Leek (1917-1982), foi uma inglesa considerada bruxa, astróloga e estudiosa do paranormal. Escreveu mais de sessenta livros, sobre o ocultismo e assuntos esotéricos. Foi apelidada da “bruxa mais famosa da Grã-Bretanha” pela BBC.
Sybil alegou ter uma longa história familiar de bruxaria que remonta ao século XVI. A sua família sempre se desempenhou em encorajá-la a seguir esse ofício. Ela aprendeu muito com o seu pai sobre a natureza, dos animais e do poder das ervas. E até mesmo discutia filosofias orientais com a sua avó, onde lhe ensinou astrologia, por decorar biscoitos e bolos com símbolos astrológicos, que pedia à pequenita Sybil para colocá-los em ordem e descrever o que cada símbolo significava.
A família de Sybil foi palco de algumas personagens muito eruditas. H.G. Wells, Sybil e seu pai costumava tomar longos passeios a discutir todas as questões sobre metafísica. Outro amigo da família foi Aleister Crowley. Aleister foi um visitante regular da casa da família, e costumava ler a poesia de Sybil. Ela o conheceu quando tinha nove anos. Foi Aleister que incentivou Sybil para começar a escrever poesia. Sybil escreveu um pequeno volume de poemas quando ainda era adolescente. Também Aleister a instruiu sobre o uso de certas palavras mágicas usadas pelas suas qualidades de vibração quando utilizado em magia.
Em sua casa na Nova Floresta “New Forest” a sua mãe e um grupo de amigos reuniam-se regularmente para o chá, chamaram o seu grupo o “Clube de Pentagrama”. Quando ela tinha quinze anos e durante uma das viagens regulares para o sul da França, Sybil foi iniciada num coven francês, baseado em George du Loup nas colinas acima de Nice. De acordo com a Sybil, foi iniciada para substituir uma tia idosa russa que tinha sido Alta Sacerdotisa.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Sybil juntou-se à Cruz Vermelha e trabalhou como enfermeira num hospital militar perto de Southampton. Mais tarde, ela foi enviada para ajudar os feridos em Anzio Beach.
Depois da guerra, Sybil retomou a Hampshire e viveu numa pequena aldeia chamada Burley, situada no coração da Floresta Nova. Viveu com os ciganos e aprendeu muitos com eles, sobre os seus segredos místicos, sobre porções e ervas mágicas. Quando chegou o momento dela se retirar, e seguir em frente da sua carreira de divulgador da religião “Wicca, eles honraram a estadia e a despedida dela. Fizeram dela uma “irmã de sangue”. Isso foi feito através do corte de seu pulso e misturaram o seu sangue com o dos líderes ciganos.
Enquanto vivia em Burley, começou a dedicar-se ao artesanato antigo e a fazer promoção da Velha Religião “Wicca”. Voltou a casar e teve dois filhos: Stephan e Julian.
A sua fama na pequena aldeia tornou-se notória. O interesse popular cresceu e Sybil começou a ser incomodada pelos repórteres e turistas curiosos. Começou a ter dificuldade em sair à rua por causa dos jornalistas, foi tal a confusão, que o proprietário da casa se recusou a renovar o seu contracto e Sybil foi obrigada a fechar a loja e sair.
Em Abril de 1964, Sybil foi convidada para aparecer na televisão nos Estados Unidos, onde foi para Nova Iorque. Um parapsicólogo convidou-a para se juntar a ele nas investigações de fenómenos psíquicos e assombrações, fizeram vários programas de rádio e televisão.
Depois mudou-se para Los Angeles onde se encontrou com o Dr. Israel Regardie, uma autoridade na Kabala e Ritual Mágico. E passou grande parte do seu tempo juntos discutindo e praticando os Golden Dawn rituais em conjunto.
Foi na defesa de suas crenças, que Sybil por vezes entrou em conflito, e dizem que até brigou com outras bruxas, porque desaprovava a nudez em rituais, uma exigência em algumas tradições, e a sua voz, foi fortemente contra o uso de drogas. Mas ela estava em desacordo com a maioria das outras bruxas, pois que acreditava nas “maldições”. Também foi uma das primeiras bruxas modernas que assumiu defender as causas ambientais.
Sybil Leek tornou-se conhecida pela sua modesta postura: usava uma capa, vestidos soltos e uma gralha de estimação chamado Mr. Hotfoot, que se empoleirava em seus ombros. Ela sempre usava um colar de cristal que alegou ter sido passada para ela a partir de uma avó psíquica russa.
Sybil afirmava ser capaz de rastrear ancestrais de sua mãe de vota para as bruxas do sul da Irlanda em 1134, e a ascendência do pai para os ocultistas perto de Royalty na Rússia czarista.
Sybil Leek morreu em sua casa em Melbourne, Florida, em 26 de Outubro de 1982. Foi uma das maiores ocultistas do nosso tempo, e na verdade, muito contribuiu para a divulgação do esoterismo. Aqui fica a minha sincera e justa homenagem.
Giovanni Pico della Mirandola (1463-1494) – Pico, conde de Mirandola, nasceu no castelo de Mirandola, perto de Modena. A sua precocidade foi considerada como um prodígio, comparável à do pintor Masaccio, que morreu com vinte e quatro anos, após haver dado um decisivo impulso às artes plásticas. Com 24 anos, Pico foi para Roma, onde afixou as suas novecentas teses para debate público. Muitas delas diziam respeito à magia e à cabala. Ainda que estes sistemas ocultos servissem para provar a divindade de Cristo, o plano de Pico não conquistou a aprovação da igreja.
O papa Inocêncio VIII, cuja vigorosa atitude em relação às questões de feitiçaria, que sempre investigou, nomeou uma comissão para examinar na totalidade as teorias de Pico. O veredicto foi-lhe desfavorável: quatro teses foram consideradas como ousadas e heréticas; seis foram também condenadas, embora com menor severidade; três foram apodadas de falsas, heréticas e erróneas.
Na sua obra, Pico defende a predição do futuro por meio de sonhos, sibilas espíritos, presságios e ainda por meio de aves e dos intestinos. Os dois últimos métodos, irremediavelmente pagãos, não podiam certamente ser tolerados pelos teólogos romanos. O seu pendor para os oráculos caldeus, hinos órficos e outros domínios afins era igualmente repudiado por aqueles teólogos. Algumas das suas teses têm um certo gosto neoplatónico: como Proclo, ele fala dos deuses menores.
Com a condenação de Roma, mal haviam começado ainda os trabalhos do Pico. Em 1487, publicou uma justificação, na qual defendeu as treze teses rejeitadas e acusou os juízos de heréticos, dando a entender ainda, no prefácio, que eram incapazes de se exprimir em bom latim. Uma bula papal proibiu a impressão das teses, mas Pico fugiu para França, onde acabou por ser preso pelos mensageiros romanos e encarcerado em Vincennes. Graças à intervenção de Lourenço de Médicis e outras influências, foi autorizado a regressar a Florença. O papa Inocêncio III, porém, conservou-se mudo e hostil e foi somente de Alexandre VI que Pico conseguiu o perdão e a protecção da Inquisição, um ano antes da sua morte, ocorrida em 1494, quando tinha trinta e um anos.
Teofrasto Paracelso (1493 – 1541), nasceu na Suíça. Se os homens não se medem aos palmos, o seu saber também não. Era de baixa estatura, por azar nasceu corcunda e ainda por cima gago. A sorte não o favoreceu, na infância com três anos de idade, foi atacado por um porco que lhe mutilou os órgãos sexuais.
O seu pai era médico, ele costumava acompanhar o seu pai pelos povoados, também o observava na busca das plantas medicinais e na sua preparação para a cura dos enfermos.
As primeiras noções sobre Teologia, Alquimia e Latim, foram transmitidas por seu pai. Ainda muito jovem, foi enviado à escola de Beneditinos do Mosteiro de Santo André. Lá, conheceu o notável alquimista, Eberhard Baumgartner.
Formou-se nos estudos tradicionais de sua época e seguiu o caminho profissional de seu pai, estudou medicina na cidade de Viena e concluiu os seus estudos em Ferrara. Então, como era hábito dos sábios, deu início as suas viagens, passando pela Áustria, Egipto, Hungria, Tartárea, Arábia e Polónia.
Em Salzburg, Áustria, tentou estabelecer-se como médico, mas foi expulso da cidade porque simpatizou com agricultores rebeldes. Recebeu o título de cidadão em Strasburg e partiu para Basel. Após vários conflitos com colegas médicos e farmacêuticos e o próprio conselho de medicina da cidade, Paracelso recebeu uma ordem de prisão em 1528, forçando sua fuga da cidade. Em Wurzburg, aprendeu com outros sábios a manipulação de produtos químicos, principalmente com Tritémio, célebre abade e ocultista do Convento São Jorge.
Em 1536, publicou Die Grosse Wundartzney, (Cirurgia Maior), uma colecção de tratados médicos. Escreveu ainda trinta e dois artigos e ilustrações, com previsões de eventos até o ano 2106. Para que seus escritos tivessem uma penetração maior, redigiu todos em alemão, e não em latim, como era o costume.
Viajou pelo país como uma espécie de médico viajante, e ficou conhecido como "o médico dos pobres" até voltar para Salzburgo em 1540, convidado pelo bispo da cidade. Faleceu em 24 de Setembro de 1541 com apenas 47 anos. A causa de sua morte não foi esclarecida. Uma hipótese é que tenha sido vítima de feridas infeccionadas, ocasionadas quando, embriagado, sofreu uma queda numa taberna. O corpo foi velado na igreja de São Sebastião e, conforme seu último desejo, foram entoados os salmos bíblicos 1, 7 e 30.
A sua vida sempre foi marcada pela polémica e perturbações devido à sua personalidade pouco adequada àqueles tempos. Esta frase de sua autoria exemplifica: "Ponderei comigo mesmo que, se não existissem professores de Medicina neste mundo, como faria eu para aprender essa arte? Seria o caso de estudar no grande livro aberto da Natureza, escrito pelo dedo de Deus. Sou acusado e condenado por não ter entrado pela porta correcta da Arte. Mas qual é a porta correcta? Galeno, Avicena, Mesua, Rhazes ou a natureza honesta? Acredito ser esta última. Por esta porta eu entrei, pela luz da Natureza, e nenhuma lâmpada de boticário me iluminou no meu caminho".
Além da medicina, era versado em filosofia e política. Mas seus escritos estão relacionados principalmente com a sua profissão e chegam a mais de 8 mil páginas. Porém, apenas uma pequena parte é conhecida e estudada. A linguagem aplicada na sua obra, é alegórica e difícil de interpretação; um recurso utilizado para que não pudesse ser acusado de feitiçaria pelo inquisitório medieval. Conta-se que certa vez, Paracelso queimou em público diversos livros de Galeno e Avicena, dizendo: "Que toda esta miséria possa ir pelos ares como fumaça".
Quando queimou publicamente as obras antigas, denunciou a esterilidade dos seus colegas médicos, Paracelco evidenciou o seu propósito de unificar o seu próprio mundo por meios diferentes dos convencionalmente propostos. Pretendia conhecer a verdadeira natureza das coisas através da investigação e não do estudo de obras empoeiradas.
Tais perspectivas arrojadas orientaram a sua atitude crítica no sentido das autoridades clássicas, às quais o passado havia aderido com fé ardente. Paracelso acreditava que a Natureza, ao contrário do homem, não comete erros. Tudo na Natureza partilha da “machina mundí”, construída conforme um plano tão divino. E as várias formas e eventos do mundo corpóreo têm o seu significado profundo e são tantas manifestações do divino.
Como místico e mago, Paracelso devotou um interesse profundo à prognostificação. Segundo ele, trata-se de uma arte incerta, porque o homem é duvidoso dentro de si próprio. Aquele que sente dúvidas não poderá conseguir nada de certo; aquele que hesita não é capaz de levar o que quer que seja à perfeição. A profecia requer imaginação e fé na natureza. De um modo semelhante, a medicina utiliza a imaginação centrando-se fixamente na natureza das plantas e na cura. Aquele que imagina faz com que as plantas revelem a sua natureza oculta. “A imaginação é como o Sol, cuja luz não é tangível, mas que pode incendiar uma casa. A imaginação governa a vida do homem. Se ele pensar no fogo, incendeia-se; se pensar na guerra, causá-la-á. Tudo depende exclusivamente da imaginação do homem para ser o Sol, isto é, basta-lhe apenas imaginar completamente aquilo que desejar”.
Paracelso fazia frequentes associações entre Magia e Imaginação. "O visível esconde o invisível, mas apesar disso conseguimos o invisível apenas através do visível", dizia. Nesse caso, magia significa a acção directa sobre as pessoas e todos os seres, sem ajuda da matéria. Ou seja, o mago é capaz de causar efeitos físicos sem ajuda física. No livro Paracelso - Alquimista, Químico, Pioneiro da Medicina, o historiador e filósofo Lucien Braun, cita: "toda natureza invisível se movimenta através da imaginação. Se a imaginação fosse forte o suficiente, nada seria impossível, porque ela é a origem de toda magia, de toda acção através da qual o invisível (de um ou outro modo) deixa seu rastro no visível. A energia da verdadeira imaginação pode transformar nossos corpos, e até influenciar no paraíso...".
Além disso, o médico suíço reconheceu que a fé fortalece a imaginação. Isso inclui as curas milagrosas atribuídas a ele e que não foram apenas resultado dos medicamentos, mas serviram para influenciar conscientemente a acção da imaginação do próprio paciente, de modo que agisse directamente no desejo de ser curado. Actualmente, há na medicina, o chamado placebo, uma substância sem qualquer efeito farmacológico, prescrita para levar o doente a experimentar alívio dos sintomas pelo simples fato de acreditar nas propriedades terapêuticas do produto. De certa forma, pode-se entender que Paracelso já fazia uso deste recurso há mais de 500 anos. Outro factor interessante de seu raciocínio, é que ele também associava as características exteriores de uma planta a sua função medicinal. Por exemplo, folhas em forma de coração foram recomendadas para doenças cardíacas.
Alex Sanders (1926 – 1988). Nasceu em St. Birkenhead, Liverpul. Foi o mais velho de seis irmãos. Na sua infância foi portador da tuberculose, os seus pais enviaram-no para o País de Gales, para a casa da sua avó, em busca de ar fresco. E foi ela quem o iniciou na bruxaria.
Alex Sandrs foi uma estrela das televisões no Reino Unido, e ele próprio se intitulou ser: “O Rei dos Feiticeiros”.
À primeira vista, as suas feições esqueléticas com os seus impenetráveis óculos escuros, davam a impressão de uma personagem extremamente sinistra. Por cima da testa alta, o cabelo castanho era escovado para a frente, à maneira de Nero, enquanto o resto da sua figura, excepto as mãos, estavam em volta numa capa de veludo azul real, realçada pelo brilho de um galão dourado nos ombros e por uma lua crescente sobre o peito esquerdo. As mãos tinham dedos compridos e os anéis que ele usava pareciam demasiado pesados. Era esta a maneira que ele gostava de se exibir, mas ao tirar os óculos numa segunda olhadela, Alex Sanders parecia tudo menos sinistro. Os melancólicos olhos castanhos e os molares subtilmente modelados, davam-lhe uma aparência inteiramente frágil e vulnerável, impressão que aumentava quando ele falava na sua voz suave de Lencashire.
“Eu sou o Rei dos Feiticeiros”, dizia ele num tom baixo, mas convencido, a qualquer jornalista que entrevista-se, “porque foi eleito por membros de mais de uma centena de grupos em Inglaterra e sou reconhecido pela maioria dos grupos como uma autoridade na feitiçaria”.
Segundo Alex, o último homem a intitular-se Rei dos Feiticeiros, foi Owain, o chefe medieval galês. A avó materna de Alex, uma tal Srª Bibby, fez pesquisas e descobriu que era uma descendente directa de Glyn Dwr; foi por ela que Alex iniciou os primeiros passos da feitiçaria.
“Uma noite em 1933, quando eu tinha sete anos, fui mandado a casa da minha avó para lanchar”, recorda ele. “Por qualquer razão, não bati à porta, quando entrei deparei com a minha avó, nua com o seu cabelo cinzento caído até à cintura, de pé, num círculo desenhado no chão da cozinha. Rodeavam-na alguns estranhos objectos, espadas, navalhas de cabo preto, uma faca em forma de focinha e várias tigelas de bronze espalhadas pelo chão; sobre o grande aparador galês que estava encostado à parede, encontravam-se outros estranhos objectos”. Por um instante a avó de Alex não pareceu satisfeita em vê-lo. Readquirindo a sua compostura, ordenou-lhe que entrasse no círculo e se despisse. Tremendo de medo ele assim fez. A avó ordenou-lhe que se dobrasse com a cabeça entre as coxas nuas. Depois, pegando na faca em forma de focinha, cortou ligeiramente o seu escroto. “Agora és um dos nossos”, disse ela, e Alex percebeu de repente que a sua avó era uma feiticeira.
Gradualmente, o seu medo foi desaparecendo e começou a visitar a casa dela regularmente. Ela ensinou-lhe a desenvolver os poderes da clarividência, a lançar maldições simples, a estudar e a aprender. Mas ela também o obrigou a jurar segredo; nem mesmo a sua mãe, filha da Srª Bibby, devia saber as técnicas que ele estava a aprender. “No meu décimo aniversário”, recorda Alex, “a minha avó cumpriu uma antiga promessa de me levar a Londres. Depois de me mostrar a cidade, apresentou-me a um homem que se chamava Srº Alexander”, e deixou-me com ele numa pequena pensão, onde ele me contou que era um mestre mágico e executou um ritual ao qual ele chamava “O rito de Horus”. Só quando fiz dezasseis anos é que percebi que o “Srº Alexander” era, de facto, Aleister Crowley”. Hoje, Alex trás uma recordação daquela estranha cerimónia no segundo dedo da sua mão esquerda. É um sinete de prata primorosamente gravado num anel que Crowley deu à Srª Bibby para ser confiado a Alex e que tinha pertencido ao mágico francês do século XIX, Eliphas Lévi.
A Srª Bibby morreu em 1942 e, seguindo as instruções que ela lhe dera, Alex queimou a cópia que ela possuía do “Livro das Sombras”, documento que, diz ele, é copiado por todo o feiticeiro pela sua própria mão e que deve ser destruído quando o seu proprietário morre. Felizmente, ele pôde conservar alguns dos seus “instrumentos de trabalho”, o “athame”, ou faca de cabo preto, a espada e vários outros artigos do equipamento. Antes de morrer, a avó de Alex iniciou-o até ao terceiro grau”, o qual incluiu a prática de relações sexuais com ela. Após a Segunda Guerra Mundial, encontrando-se isolado devido ao seu conhecimento do oculto que ela lhe ensinara, decidiu utilizar os seus poderes para obter dinheiro e satisfação sexual através da feitiçaria.
“Fiz um tremendo erro em usar a magia negra numa tentativa para obter riqueza e sucesso sexual”, diz ele. “Funcionou bem, passeava por Manchester quando fui abordado por um casal de meia-idade que me disse que eu era a cópia fiel do seu único filho que tinha morrido alguns anos antes. Levaram-me para casa, deram-me de comer e vestir e trataram-me como se fosse da família. Eram extremamente ricos e, em 1952, quando lhes pedi uma casa para mim, com uma mesada para a sustentar, ficaram muito felizes por me satisfazerem os meus desejos. Dei festas, comprei roupas caras, fui sexualmente desordenado, mas só passado algum tempo compreendi que tinha uma terrível dívida a pagar”.
A dívida foi pavorosa e pessoal. Vários membros da família Sanders morreram com cancro e finalmente uma das amantes de Alex, uma rapariga de quem ele gostava particularmente, suicidou-se. Alex considerou-se culpado. “Sinto-me envergonhado por ter atraiçoado os ensinamentos da minha avó”, recorda ele. “Levou-me muito tempo a pagar a minha culpa e a purificar-me através de cerimónias mágicas”. Uma vez convencido de que a sua vida passada ficara para trás e que a sua verdadeira vocação era ensinar aos outros a crença da sua avó, Alex pôs-se a trabalhar na iniciação de futuros feiticeiros na sua casa em Manchester. Nessa altura encontrava-se sozinho, tendo chegado ao fim de dois anteriores casamentos. No decurso dos seus ensinamentos, conheceu uma rapariga chamada Maxime Morris com quem casou, que se tornou Sumo Sacerdotisa, e que teve uma filha chamada, Maya.
Em 1967, deixaram Manchester e estabeleceram-se em Londres, sendo aí num apartamento em Notting Hill Gate, que viveram e trabalharam. Todas as terças e quintas-feiras, Alex organizava encontros para instruir novos feiticeiros, enquanto as noites de sábado eram consagradas aos encontros dos grupos e a iniciações. Ele afirmava que entre os discípulos da sua doutrina, se encontravam padres ortodoxos, médicos, estudantes de teologia, professores e jornalistas. Desde que chegou a Londres, iniciou trinta e oito feiticeiras, todas mulheres, pois fazia parte da crença feiticeira, pois julgava-se que só um membro do sexo masculino podia iniciar uma candidata feminina; os futuros feiticeiros eram iniciados por Maxime, a Sumo-sacerdotisa. Os seus ensinamentos, afirmava ele, não eram incompatíveis com o Cristianismo, desde que os estudantes se lembrassem que “todas as religiões monoteístas adoram um só Deus”. Como a maioria dos feiticeiros, ele acreditava na reencarnação e organizava cerimónias em honra das quatro estações, dos equinócios e dos solstícios, praticando também pequenos cerimoniais pessoais de adoração. Ao nascer do sol e ao pôr-do-sol.
Igualmente, tal como os outros feiticeiros, os seus adeptos participavam nos seus encontros todos nus, embora Alex usa-se uma túnica para se colocar à parte como Sumo-sacerdote; ele dizia que isso era de acordo com a lei da feitiçaria. Apesar das suas iniciais extravagantes da magia negra, sempre viveu como um vulgar homem. Os únicos aspectos sexuais dos seus rituais ocorriam durante o “Grande Rito”, cerimónia de iniciação de terceiro grau, quando o iniciado era submetido à prova de relações sexuais, e nos “casamentos de feiticeiros”. A celebração dos “casamentos de feiticeiros” consiste nos dois companheiros estarem estendidos juntos no meio do círculo, enquanto os outros membros os rodeiam, voltados para fora. Depois, do Sumo-sacerdote ter efectuado os encantamentos, o casal é deixado só para consumar a sua união. Logo após, eles chamam o resto do grupo para a sala, para uma cerimónia informal de bolos e vinho.
Após ter sido denunciado pelos jornais londrinos de escândalos e de orgias, tudo isso ainda mais contribuiu para a sua propaganda, como o maior dos feiticeiros e para o projectar no topo.
Em 1959, publicou um livro sobre a sua vida intitulado “King of the Witches” , que se tornou um sucesso. Até chegou a fazer um filme intitulado “Legendo of the Witches”, que apresentava as suas actividades no mundo da feitiçaria. A película conseguiu arrastar multidões para a sua exibição.
Em 1988, morreu Alex Sanders, nunca nenhum outro feiticeiro gozou de tanta fama e popularidade como ele, desde do tempo de Aleister Crowley.
Grigory Yefimocich Rasputin, nasceu em 22 de Janeiro de 1869, numa pequena aldeia ao longo do rio Tura no Tobolsk, na Sibéria.
Rasputin tinha dois irmãos, a Maria, e o mais velho chamado Dmitri. A sua irmã era epiléptica e afogou-se no rio. Um dia, Rasputin brincava com o seu irmão, Dmitri, e este caiu numa lagoa, Rasputin saltou para o salvar. Ambos foram retirados da água por um caminhante, mas Dmitri acabou por falecer de pneumonia. Ambas as mortes afectaram muito Rasputin, que posteriormente pôs aos seus filhos: Maria e Dmitri.
O jovem Grigory, cresceu pobre e pouco instruído, toda a sua a infância e adolescência foi vivida na modesta aldeia cheia de superstições e mistérios. Ajudava o pai no campo nas tarefas diárias, divertindo-se com mulheres, vodka e envolvendo-se em rixas com amigos e vizinhos. Por este motivo, bem cedo ganhou o apelido de Rasputinik, significando: depravado.
Por outro lado, a sua terra natal era de religiosidade e misticismo muito intenso. Principalmente porque ali próximo estavam depositados, numa igreja, os restos mortais de São Simão. O jovem Rasputin cresceu influenciado por esta atmosfera. Dizia-se que ao longo da infância, tinha indícios de poderes sobrenaturais. Conta-se que certa vez, um político chamado Stolypin passava de carruagem por uma estrada. O jovem Rasputin, que passava ao lado, acenou e gritou ao viajante: “A morte é para si. A morte está se aproximando”! Incrivelmente, no dia seguinte, o político foi ferido por balas e morreu em seguida.
Quando tinha 18 anos, passou três meses no mosteiro de Verkhture, fazendo penitência por roubo. Encontrou-se com o bispo de Barnaull, e começou a interessar-se pelo misticismo e se converteu. A sua estadia no mosteiro foi breve, mas o fez entrar em contacto com os preceitos e a disciplina religiosa. A partir daí começou a ter visões proféticas e dizendo que recebia aparições da “Nossa Senhora”.
Rasputin deixou a vida monástica e visitou um eremita que tinha a fama de santo, chamava-se Makaryi, vivia numa cabana nas proximidades. Esse asceta teve uma enorme influência sobre Rasputin, que procurou tornar-se seu modelo.
Rasputin, era um jovem cheio de curiosidades e tinha um espírito aventureiro. Para alargar os seus horizontes e aumentar o seu saber rudimentar, começou a viajar pela Sibéria. Foi nessa viagem que entrou em contacto com uma seita proibida, conhecida pelos Khlysty (flagelantes), a qual pregava que o acto sexual era uma forma de obter a salvação espiritual. Praticavam orgias até à exaustão física, depois faziam a penitência, pela auto-flagelação. O lema da seita era o seguinte: depois do pecado o arrependimento. Rasputin, ficou sempre um dos khlysts, com a sua reputação duvidosa para o resto da vida.
Nos seus contactos pela gelada Sibéria, contactou e conviveu com místicos e xamãs, aprendendo toda a sorte de mezinhas, rezas e de sortilégios. Tornou-se um curandeiro milagroso, praticou hipnotismo e desenvolveu o seu poder magnético, tentando esconder o seu lado rude e inculto.
Dizem que através da hipnose, ele conseguiu seduzir uma jovem com quem casou, Praskovia, em 1889. Tiveram três filhos: Dmitri, Varvara e Maria. Dizem que teve mais um filho de outra mulher.
Rasputin era um desinquieto por natureza, por isso, resolveu viajar mais longe para saciar a sua curiosidade. Então, em 1901, ele deixou a sua casa em Pokrovskoye, e como um strannik (peregrino) abençoado de Deus decidiu vagar pelo mundo. Em suas caminhadas, visitava preferencialmente, locais de peregrinação religiosa, como o monte Athos, Grécia e Jerusalém. Com as suas capacidades hipnóticas desenvolvidas e poder sugestivo, convencia ao longo da sua jornada, facilmente os incautos. Tinha poderes especiais, e era capaz de curar enfermos e de prever o futuro. Como desconheciam o seu passado conturbado, passaram a considerá-lo um monge sábio, religioso e profeta de Deus.
Nas regiões por onde ele passava, procuravam-no em busca de seus conselhos, e bênçãos; em troca, ofereciam-lhe comida, roupas e dinheiro. Em pouco tempo, ganhou a reputação de “homem santo” e a sua fama espalhou-se nas aldeias da Europa Central. Rasputin contava que, um dia, arando as terras, recebeu uma revelação divina. Surgiu-lhe um anjo que entoou um canto celestial e lhe atribuiu a missão espiritual de ajudar os necessitados.
De volta às suas origens, Rasputin é recebido pelo bispo Theophan e ganha notoriedade entre os religiosos da região; mas a sua presença também gera desconforto em alguns. Era temido por muitos, a sua estatura era elevada, tinha cabelos negros desgrenhados e esparramavam-se pelos ombros e entre a barba, a testa brilhava devido à sua oleosidade, e os seus olhos cinzentos e hipnóticos, eram chamados: “olhos de lobos”. O monge Iliodor, em tempos tinha sido seu amigo, mas foi se revoltando contra ele, devido à sua conduta de charlatão e da sua vida dissoluta, e era um de seus piores opositores.
Conta-se que este monge, certa vez (em 29 de Junho de 1914), enviou à casa de Rasputin, uma mulher para seduzi-lo e depois esfaqueá-lo. Khionia Guseva, que tinha sido uma ex-prostituta lançou-lhe uma facada sobre o abdómen que este ficou com as entranhas penduradas pelo corpo, e ela julgando que lhe tinha dado um golpe fatal, gritou: “Eu matei o anti-cristo”. Mas após uma intensa cirurgia Rasputin foi recuperado.
Rasputin desloca-se para a cidade de São Petersburgo e Kazan, onde agrega alguns discípulos e cria um grupo místico denominado Polite Society, baseado nos princípios da Khlysty. A fama de Rasputin começou a espalhar-se, era tido como um grande curandeiro com poderes sobrenaturais.
1905 a Anya Vyrubova, amiga próxima da czarina Alexandra Fedorovna, entrou em coma após ferir-se gravemente quando o comboio em que viajava descarrilou. Os médicos já haviam perdido a esperança de curá-la quando Rasputin foi chamado. O místico ajoelhado ao lado da cama da vítima, segurou a sua mão e chamou-a pelo nome. Assim continuou por horas seguidas; até que a vítima, de forma inexplicável, despertou. Rasputin, com as roupas humedecidas de suor, desmaiou exausto.
Totalmente recuperada, Anya narra à czarina as proezas curativas do místico. O príncipe Alexei Romanov, filho do czar, sofria de hemofilia. Doença que era difundida entre a realeza europeia. O estado de saúde do príncipe se agravou e os médicos previram que ele iria morrer.
A corte do czar era propícia para os adivinhos, curandeiros, hipnotizadores e para os charlatães de todas as espécies, que encontravam guarida perante eles. Quanto mais o regime era isolado e odiado pela multidão, mais Nicolau II e a czarina se cercavam de gente estranha, apelando crescentemente para o sobrenatural e para as forças do além.
A czarina mandou-o chamar, Rasputin disse que possuía a capacidade de curar através da oração. Quando a doença do príncipe se agravava, Rasputin era imediatamente solicitado e ajoelhava-se ao lado da criança, por várias horas se necessário, pronunciava uma espécie de oração e a saúde de Alexei se restabelecia. Ora, Rasputin tinha poderes hipnóticos, pensa-se que todos os alívios ao príncipe foram feitos através dessa prática.
Em 1912, o príncipe encontrava-se em Spala, na Polónia e teve uma crise muito grave. Rasputin enviou um telegrama de sua casa na Sibéria que se acredita ter aliviado o sofrimento. O seu conselho pragmático incluía as seguintes sugestões: “Não deixe que os médicos o incomodem muito; deixam-no descansar.
Conta-se que assim que o telegrama de Rasputin chegou às mãos da czarina, Alexei obteve uma melhora súbita. A czarina Alaxandra atribuiu este facto aos poderes de Rasputin, passando a exigir a sua presença constantemente no palácio, como se a saúde do herdeiro dependesse do místico.
O czar Nicolau II e a czarina, começaram a depositar nele toda a confiança, e usavam expressões como: “nosso amigo” e um “homem santo”. E ele próprio se considerava santo e um profeta de Deus. O czar considerava-o um sábio conselheiro do trono. A czarina Alexandra Fedorovna dedicava-lhe uma atenção cega e uma confiança desmedida, denominava-o de “mensageiro de Deus”. Com esta confiança em excesso Rasputin começou a influenciar ocultamente a Corte e principalmente a família imperial russa, colocando homens como ele no topo da hierarquia da poderosa Igreja Russa.
Rasputin ganhava fama de curas milagrosas, e também simpatia com as mulheres da alta sociedade, tinha toda a liberdade de circular no palácio, como se fosse um chefe de estado ou um primeiro-ministro. Mas nem tudo eram rosas para o astuto Rasputin, a inveja do príncipe Felix Yussupov, e de outros líderes russos, crescia na mesma proporção que se desenvolvia a influência de Rasputin entre os Romanov.
Quando as tropas russas estavam em desvantagem na I Guerra, em Setembro de 1915, Nicolau II abandonou o trono temporariamente para liderar o exército. A ausência do czar no palácio deu mais liberdade a Rasputin, que passou a influenciar activamente nas decisões do país. Rasputin passou a ser o conselheiro indiscutível e confidente da czarina Alexandra Fedorovna. Persuadiu-a a preencher os escritórios governamentais com gente da sua influência. Que ele escolhia a dedo em troca de subornos. Ele próprio chegou mesmo a fazer sexo com mulheres da nobreza, e da alta sociedade em troca de concessões e favores políticos.
Conta-se que certa vez, embriagado, Rasputin declarou na presença de muitas pessoas que era ele quem mandava na Rússia e que a czarina estava aos seus pés. Como a czarina era austríaca e sendo a Áustria uma das nações inimigas da Rússia. Isto levou a uma onda de suposições de que a czarina traía os ideais russos e sua proximidade com Rasputin, gerou também, boatos sobre uma suposta relação extraconjugal da czarina.
Quando o czar retornou ao seu país, encontrou a população faminta e flagelada, a dinastia Romanov, era contestada pelo povo. Rasputin e a czarina foram consideradas pelo povo os maiores responsáveis por esta situação caótica. Aos olhos do povo, Rasputin era quem havia enfeitiçado e burlado os governantes visando apenas o conforto social e poder político; a czarina era a traidora austríaca que levara ao declínio a nação que a acolheu.
Todavia, o seu comportamento dissoluto, e devasso (supostas orgias e envolvimento com mulheres da alta sociedade), justificará denúncias por parte de políticos atentos à sua trajectória imunda, entre os quais se destacam Stolypine e Kokovtsov. O czar Nicolau II afasta então Rasputin, mas a czarina Alexandra mantém a sua confiança absoluta no decadente monge.
Um atenuamento para esta situação seria eliminar a presença de Rasputin, não apenas do palácio, mas de toda a Rússia. Desse modo, sem que o czar soubesse, foi engendrado pelos conspiradores russos um meio de assassinar Rasputin. Participaram desta conspiração, o príncipe Felix Yussupov, um deputado de extrema-direita chamado Purishkevith, o oficial Sukhotin, o médico Lazovert, e o grão-duque Dmitri, da própria família real.
O plano consistia num convite do príncipe Felix Yussupov ao místico para que o visitasse na sua residência, sobre o canal do Mojka, um dos condutos que levava ao rio Neva, em São Petersburgo. Nessa ocasião seria servido um jantar a Rasputin. Um dos argumentos era de que a esposa do príncipe, a bela Irene Alexandrovna, necessitava consultar-se com o santo monge.
Atendendo ao convite, na noite de 16 de Dezembro de 1916, Rasputin foi visitar Yussupov. O suposto, santo de Deus foi levado a porão da mansão, onde lhe serviram o jantar, sob a alegação de que Irene logo iria vê-lo. Após uma série de brindes com vinho envenenado, Rasputin não aguentou mais e caiu sobre um sofá e deslizou para o chão do aposento. Yussupov, vendo Rasputin caído e supondo que estava morto, chamou os cúmplices que aguardavam no andar de cima. Entretanto, mesmo após uma ingestão incrivelmente alta de veneno (que daria para matar cinco homens), Rasputin levantou-se do chão. Yussupov disparou duas vezes contra ele, Purishkevitch entrou no aposento e descarregou a sua arma de fogo sobre o corpo da vítima que ainda tentou estrangular o príncipe e fugir em seguida. Mas não suportou e sucumbiu. O corpo imóvel de Rasputin foi amarrado e castrado; em seguida, atirado nas águas frias do rio Neva, sendo encontrado três dias depois e enterrado.
Em Fevereiro no ano seguinte, um grupo de trabalhadores de São Petersburgo desenterraram-no, e levaram o seu corpo para um bosque próximo e o queimaram. Durante a cremação o cadáver de Rasputin, moveu-se para sentar-se no fogo. Todos ficaram completamente horrorizados. Ora os tendões não foram cortados, quando o seu corpo foi aquecido pelas chamas, os tendões encolheram, forçosamente dobraram as pernas para cima, parecendo sentar-se. Esta casualidade final só derramou o rastilho de lendas e mistérios que cercam Rasputin, que continua a viver por muito tempo após a sua trágica morte.
Rosemary, uma jovem recém casada com Guy Woodhouse, procura com o marido uma casa para começarem a sua vida de casal. Um dia, encontram o apartamento dos seus sonhos e depressa mudam-se para lá. Numa questão de tempo o casal instala-se, Guy avança com a sua carreira de actor, e Rosemary engravida como eles desejavam. Porém, as coisas mudam, quando o casal de vizinhos idosos, começa a intrometer-se estranhamente na sua vida, e a dar sugestões sobre a gravidez da jovem. Pouco a pouco Rosemary perde o controlo da situação, e quando se tenta soltar já é tarde demais: ela e o seu filho são vítimas de um culto ao diabo que tenciona fazer daquela criança o filho das trevas.
Realizado alguns anos antes de clássicos como O Exorcista ou A Profecia, A Semente do Diabo, foi um dos primeiros filmes a assustar verdadeiramente a plateia na época de ouro do cinema de terror, o que por sua vez acabou por lhe valer o estatuto de clássico. O argumento de A Semente do Diabo (Internacionalmente conhecido como Rosemary's Baby), é baseado no homónimo livro de Ira Levin, e mistura na mesma película bruxaria e maternidade, através de um jogo de mistério, desconfiança e paranóia que separa Rosemary dos que a rodeiam. Tudo exemplificado através da vulnerabilidade, que a protagonista vive e que cresce a cada minuto do filme, e que acaba por se tornar o elemento chave da substância desta obra. Rosemary é assim uma vítima da chamada boa-vontade interesseira, e uma representação individualista e solitária da presa que é jogada na arena dos predadores. A partir dessa premissa, gere-se uma sufocante perseguição à liberdade de Rosemary e à posse do filho, e que infelizmente acaba por culminar num final amargo e melancólico tanto para a jovem, como para a sua criança.
Anton La Vey, satanista, que tinha fundado a igreja do diabo, foi contratado por Roman Polanski como consultor no filme, e apareceu brevemente como o diabo. La Vey chamou o filme "o melhor comercial pago por satanismo desde a Inquisição", e viu como contribuindo para o crescimento de sua igreja. O entusiasmo foi tal, que no ano seguinte lançou no mercado “A Bíblia de Satanás”.
Charles Manson, que também se considerava satanista e um profeta do “Príncipe das Trevas”, chegou a ameaçar Roman Polanski, por causa da realização do filme, A Semente do Diabo, que divulgava alguns segredos de Magia, que para Manson seria secreto. Acabou por ser vítima a Sharon Tate, esposa do realizador Roman Polanski.
A 8 de Agosto de 1969, a actriz Sharon Tate, a mulher do realizador Roman Polanski, era selvaticamente apunhalada na sua vila de Beverley Hill, em Los Angeles. Sharon Tate encontrava-se grávida e esta antes de morrer implorou que não lhe matassem o filho, não houve misericórdia e o seu corpo foi atingido por 16 apunhaladas. Esse assassínio incompreensível era acompanhado dum verdadeiro massacre: mais quatro cadáveres foram descobertos na vila, assassinados da mesma maneira. O inquérito, primeiro orientado sobre pistas falsas, durou vários meses, para ir ter finalmente a uma estranha comunidade que vivia à margem da civilização, num rancho do “Deserto da Morte”. Foram finalmente presos, vários membros da “família”, incluindo o cabecilha, que por sinal, no momento da detenção, estava escondido e a tremer debaixo de uma banca de cozinha.
Charles Manson, desde a infância que era delinquente. A sua mãe era menor e foi presa por roubo até atingir a maioridade, enquanto o pequeno Charles vivia com os avós. Quando, por fim, a mãe foi solta, o rapaz tinha oito anos e conheceu o ambiente sinistro das pensões do mundo marginal, onde a sua mãe vivia com sucessivos amantes. O pequeno Charles Manson habituou-se a este ambiente conflituoso e ultrajante durante cinco anos. Depois, com treze anos, foi mandado pelo Governo para um centro de educação, onde havia portas fechadas e grades por todos os lados. Tal, porém, não impediu a sua fuga, embora pouco tempo gozasse da liberdade, pois voltou imediatamente a ser detido, regressando pela segunda vez ao centro, onde viveu até aos dezasseis anos e ficou a conhecer bem o que significava passar a vida fechado.
No ano de 1951, foi novamente preso por roubar um automóvel e condenado a três anos de cadeia, tempo durante o qual se entregou à meditação, acabando por concluir que já não podia integrar-se na sociedade. Foi um acontecimento decisivo para Charles Manson. Apesar de ser rebelde, quando saiu da cadeia casou com uma rapariga com a qual não pode viver muito tempo. A jovem morreu enquanto ele estava outra vez atrás das grades, cumprindo pena pelo seu segundo crime. Por essa razão, depois da morte da sua mulher, o filho que tivera de Manson desaparecera misteriosamente. Ao saber do desaparecimento do filho recém-nascido, a sua mente, já desordenada, concebeu um ódio gigantesco contra a sociedade. Por isso, adoptou a lei de Talião: “Olho por olho, dente por dente”.
Quando tornou a sair da cadeia, fez-se proxeneta e viciou-se na droga, a pretexto de que esta servia para lhe revelar um universo infinito. Uma vez conhecido este maravilhoso e infinito universo, deu-o a conhecer a algumas mulheres, que por essa altura, já começava a ter sob o seu domínio. Ele não esteve muito tempo em liberdade, porque assinando um cheque sem cobertura, foi outra vez conduzido à cadeia. Foi condenado a sete anos de prisão. Charles Manson teve muito tempo para reflectir e chegar à conclusão de que não possuía a suficiente formação intelectual nem a facilidade de falar que lhe permitisse prender a atenção dos que o escutassem e subjugar-lhes a vontade. Não tinha outro remédio senão continuar com as raparigas quando saísse da cadeia, porque, se em alguma coisa era perito, era nas relações com as mulheres. Decidiu estudar a sério como dominá-las e delas tirar o máximo proveito.
Charles Manson começou a fazer continuas visitas à biblioteca da prisão e acaba por encontrar os livros que deseja, livros que tratam de ocultismo e da magia em geral. Na sua longa e veloz aprendizagem de sete anos na prisão, Manson devora com os olhos todos os livros sobre metafísica, meta psicologia e fenómenos ocultos que lhe vêm ter às mãos. Revolve a biblioteca de cima a baixo, encontra todas as obras que lhe podem interessar e assimila a maior quantidade possível dos conhecimentos que encerram. Descobre que na vida há algo mais que justiça, caridade e altruísmo. Pega na sua viola e compõe uma canção que virá a ser a sua favorita, e mais tarde o hino sagrado da sua seita. Uma canção que no princípio, diz assim: “Não há, nem bem nem mal… O crime não existe… O pecado também não…”. Quando Manson acaba de cumprir a pena e sai da cadeia, é um homem diferente. O seu olhar modificou-se. O proxeneta dá a sensação de ser um iluminado do Céu.
Entre São Francisco e Los Angeles, nas comunidades de hippies que por aí pululavam, Charles encontra as raparigas de que precisa. Estas, ao conhecerem Manson, são automaticamente seduzidas pela poderosa energia que se desprende do mestre da magia negra, e põem-se incondicionalmente ao seu serviço. Instala-se nas cabanas do Spawn Movie Ranch, um imenso arrabalde de Los Angeles de vários quilómetros quadrados, no qual antigamente se rodaram alguns Westerns, mas que naquela altura apenas viviam marginais: seguidores da astrologia, do ocultismo, do orientalismo, do vegetarianismo, etc., Era um mundo diverso composto de antigos advogados, oficiais, soldados, políticos frustrados, filhas de banqueiros, filhos de industriais e todo o género de gente inadaptada à sociedade.
Aí encontra Manson os seus mais fervorosos seguidores e forma a sua seita particular, ou “família”, como eles diziam. Escolhe um guarda-costas que seja suficientemente forte e fiel para o proteger em caso de agressão: Watson, antigo estudante da Universidade de Farmarsville, ex-jogador de râguebi e um autêntico atleta de 24 anos. Uma vez constituída a sua própria seita oculta, inicia todos os seus membros na magia negra e no satanismo. Ele próprio se faz identificar por Satã, outras vezes por Jesus. A sua filosofia resumia-se do seguinte modo: “Nós somos, ao mesmo tempo, o Diabo e o bom Deus, pois cada um de nós é a peça de um todo… O assassínio não existe, visto que ao matar alguém nos mataria a nós próprios…”.
Charles Manson, converte-se em sumo-sacerdote da seita, em mestre do oculto e em chefe indiscutível de todos os jovens que por ali habitam. Ninguém ousa contestá-lo; tem um poder maléfico. Obriga as jovens do seu grupo a passearem nuas, falando da ideologia da “família”. Apurou-se que Susan Atkins, Patricia Kernwinkel e Linda Kazabian foram obrigadas por Manson a passear nuas pelo Santa Mónica Boulevard, no centro da cidade, mendigando para o seu amo e senhor. Ao entardecer, reunia-se a “família”, que passava o seu tempo a cantar a música pop, ou seja, o hino que Manson compôs na prisão. Depois a noite era vivida comunitariamente, entregavam-se a orgias e a todos os excessos sexuais com o seu mestre. Quando os membros da seita estavam saciados do sexo, empanturravam-se de estupefacientes, sobretudo LSD. Nesse estado de placidez, decorria tranquila a noite e os membros da “Família”, expunham as suas teorias e conclusões sobre o futuro do mundo.
Além de Charles Manson, foram capturadas as raparigas: Susan Atkins, Linda Kazabian, Leslie Van Houten, Patricia Kerwinkel e mais cinco homens do clã, foram todos julgados no dia 3 de Dezembro de 1969, em Los Angeles. Durante o julgamento, apenas uma das raparigas da “família” decidiu falar, com a promessa de que não seria sentenciada à pena de morte. Na verdade todo o grupo foi condenado à pena capital, menos ela, embora a sentença nunca se tenha cumprido, porque a pena de morte foi abolida na Califórnia. Manson disse somente o seguinte: “Quero transmitir uma mensagem ao mundo. Não há nem bem nem mal. O crime não existe, tal como não existe o pecado”. Graças às declarações de Susan Atkins, pôde-se saber como se cometeram os assassínios e qual a preparação que os antecedeu, pois os crimes só podiam realizar-se depois de praticados certos rituais.
Os membros da seita tinham marcado a fogo uma cruz de Santo André no meio da testa e, após várias cerimónias, cantavam uma espécie de salmo que, entre outras coisas, dizia: “…Era nosso pai… as torturas a que o submeterem não podem fazer-lhe mal porque Charles é sobrenatural”. As cerimónias continuavam e os adeptos caíam como que hipnotizados pelo poder do mestre Manson-Satã. Geralmente nos momentos de transe, Manson queria que lhe chamassem Satã, mas também, esporadicamente se dizia intitular Jesus, ia dar ao mesmo. O importante é que era ele o mestre sumo-sacerdote da seita. Por fim, e antes da execução das ordens que dera, Manson empanturrou de LSD os seus discípulos, que só então partiram a cumprir as suas instruções. Embora se tratou dos mais horrendos assassínios, não os entenderam como tal, mas sim como sacrifícios rituais obrigatórios.
Assim, por exemplo, ficou-se a saber que, depois do massacre das cinco pessoas na residência de Polanski, acenderam uma série de velas em redor dos cadáveres, fizeram os seus rituais e entoaram os seus cânticos de rigor. Durante o julgamento de Charles Manson e da sua seita, houve muitos lapsos, porque submetida ao olhar do mestre, Susan Atkins, se inibia continuamente e não conseguia falar. Ela contradizia-se, sentia medo e pedia protecção. Os defensores das raparigas solicitaram ao juiz uma prisão garantida contra o imenso poder do mestre; outros advogados afirmaram que este as mantinha constantemente hipnotizadas e que elas agiam sempre conforme a vontade de Manson, fosse qual fosse a distância a que se encontrassem dele. Por seu turno, Manson declarou: “Limparei o mundo e acabarei com o homem, com a sociedade”. Charles Manson, foi condenado a prisão perpétua e ainda continua vivo.
Foi confirmado o diagnóstico, que indicava um edema ósseo no tornozelo direito do Cristiano Ronaldo, por isso, ele vai continuar em tratamento nos próximos 15 dias, o que o obrigará o futebolista a falhar o “Play-off” da Selecção Nacional frente à Bósnia, nos dias 14 e 18 de Novembro.
O jornal desportivo “Marca” garantiu que o Cristiano vai continuar parado pelo menos um mês, devido à lesão no tornozelo direito.
O Real Madrid anunciou que não havia nenhuma melhoria na lesão do jogador e que ele voltaria a consultar o cirurgião que lhe operou em 2008, o holandês NIek van Dyjk. Cristiano Ronaldo estará sujeito a uma nova cirurgia e possivelmente poderá estar parado durante três meses.
Acredito que o “bruxo” Pepe, estará a esfregar as mãos de satisfação. Possivelmente, dentre em breve ele quebrará o silêncio, e reclamará que foi vitória da sua magia negra.
O leitor que faça o seu discernimento. Eu acredito sinceramente que tudo isso seja coincidência.
“ Yo no creo en brujas. Pêro que hay. Las hay. Foi essa a expressão do Sancho Pança, que Miguel Cervantes, popularizou no seu livro: D. Quixote.
Passados centenas de anos, os nossos vizinhos espanhóis deparam-se agora com as ameaças de um bruxo de 57 anos, com o consultório em Rincón de la Victoria, perto de Málaga. “Eu não sou anti Real Madrid. Não tenho nada contra este grande clube. Sou profissional e pagam-me muito bem para usar os meus poderes. Contrataram-me para que o Cristiano Ronaldo sofra uma lesão grave. Não posso assegurar que se vá tratar de uma lesão grave, mas sim que ele estará mais tempo de baixa do que a jogar. A pessoa que me contratou é famosa e conhece pessoalmente o futebolista”, garantiu o bruxo numa entrevista ao jornal El Mundo.
O bruxo não tem qualquer problema com o português (nem sequer é adepto do Barcelona, grande rival do Real Madrid). “Pessoalmente, gosto bastante do rapaz. Mas imagino que ele também goste muito dos guarda-redes a quem marca os seus golos. Ele é um profissional e eu também. Este é um processo progressivo. Para já, frente ao Tenerife, quebrou o seu ciclo de golos, foi substituído e com mal-estar”, remata o bruxo, com ironia à mistura. Não só o bruxo se considera um profissional na sua arte, como também se aproveita de qualquer azar do Ronaldo, para se aproveitar que foi bruxaria sua.
O Real Madrid não deu a mínima importância ao assunto, chamou-lhe uma “loucura a tantas outras por que o clube passa” e o próprio jogador também não se deixou intimidar. Parece que a indiferença do clube e do “craque”, irritou tanto o bruxo que ele próprio escreveu uma carta ao presidente do clube: “Senhor presidente do Real Madrid, Florentino Pérez: “Já que você me desafia com o seu regresso ao Madrid, comunico-lhe que a partir de agora, Cristiano Ronaldo não vai ser a sua estrela da equipa, já que vai passar mais tempo de baixa do que a jogar. Não é nada pessoal, mas o senhor desafia-me e eu respondo, e vamos ver quem ganha. Atentamente…”
Mas, quem foi a pessoa que contratou o bruxo? Perante a insistência dos jornalistas, Pepe levantou o véu. Divulgou que era uma mulher estrangeira rica, tinha sido traída por Cristiano Ronaldo e queria fazer vingança. Ela contratou-o para acabar com a carreira do jogador. Não quis revelar a identidade da mulher “mistério”, que o contratou, declarou ao Correio da Manhã já ter recebido 15.000 euros pelos serviços. Perante tanta insistência dos jornalistas referente à mulher “mistério”, o bruxo deixou umas dicas: “não fala espanhol, não é portuguesa e tem menos de 30 anos”. A imprensa logo encontrou suspeitas: a americana multimilionária Paris Hilton e a modelo Nereida Gallardo, já que namorou com elas durante algum tempo, tendo depois desistido do namoro “por falta de tempo”, segundo o próprio.
Pepe deixou-se fotografar com um boneco com a foto e o nome do jogador na mão, reivindicou logo a lesão, sentida pelo jogador do Real Madrid contra o Olympique de Marselha.
Garantiu o bruxo Pepe, que dentro de “quatro meses, no máximo”, o jogador português, do Real Madrid, voltará para o seu país e “nunca mais jogará futebol”. O espanhol admitiu ainda que, se seu trabalho der errado, isso seria “fatal” para a sua “credibilidade” disse numa entrevista ao Correio da Manhã.
Também à espera de protagonismo, surgiu o António Nogueira, conhecido em terras lusas por “o bruxo de Fafe”. Este começou a divulgar pelos jornais que tinha sido contactado por um membro da família do jogador para “contra-atacar a magia negra”.
Depressa se tornou o bruxo de Fafe numa estrela na imprensa espanhola, dizendo a mesma que tudo isso se vai transformar numa luta ibérica de bruxaria. “Já dei uma entrevista ao jornal El Mundo, e a TVE vem a Fafe nos próximos dias para falarmos sobre a alegada magia que fizeram ao Cristiano Ronaldo”. Referiu António Nogueira, o bruxo de Fafe, depois de mais uma entrevista para a “Marca”, o maior jornal desportivo espanhol.
O António Nogueira, para evitar concorrência, desvalorizou os poderes do seu rival Pepe: “O Cristiano Ronaldo não tem magia nenhuma. Teve o azar de se lesionar e de o médico da selecção portuguesa de futebol ter dito que ele podia jogar contra a Hungria, agravando mais ainda a lesão”, disse o bruxo de Fafe.
Mas em Espanha, Pepe, insiste que fez magia negra ao jogador português e que nada o fará voltar atrás.
“O máximo que o tal homem que diz que é bruxo pode ter feito, foi uma feitiçaria psicológica para atormentar o Cristiano e a família”, frisou Fernando Nogueira.
O bruxo de Fafe, prometeu entregar pessoalmente, num jogo de futebol Portugal-Malta, “um amuleto contra o mau-olhado”. Se não estiver presente, o amuleto vai pelo correio até Madrid para proteger o nosso jogador de alguns loucos que há em Espanha”, finalizou o bruxo de Fafe.
Entretanto, o bruxo espanhol, numa entrevista à imprensa espanhola confessou saber que a mãe de Cristiano Ronaldo contratou o “bruxo português Fernando Nogueira, que usa magia branca”, e salientou: “Minha magia é negra, e isto acelerará o processo. Esta é uma combinação explosiva e Ronaldo é quem vai sofrer as consequências”.
Para não ficar de fora, surgiu outro bruxo de nome Souleymane, do Senegal, que afirma a “pés juntos” que foi contratado por Diarra e mais um jogador do Marselha. Segundo, o bruxo africano, os atletas do clube francês queriam lesionar Ronaldo para este “deixar de ser racista”.Diarra, afirmou que essa informação é uma invenção, que nunca iria pedir a um bruxo para lesionar qualquer colega de profissão.
Como é que as coisas se vão desenrolar?!
Será que o Cristiano Ronaldo ficará inválido, devido à bruxaria do Pepe e acabará numa cadeirinha de rodas?
Quanto ao clube do Real Madrid. Será que o mesmo será extinto e as suas instalações se converterão num salão de matraquilhos?
E qual será o futuro do António Nogueira, “o bruxo de Fafe”. Será que Sócrates o solicitará para resolver a crise nacional?
Façam apostas. Eu prometo voltar em breve com este tema.