MOCHOS
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O mocho figurava entre as aves xamanísticas principais, ao qual os índios imputam o poder de proporcionar ajuda e protecção no escuro, ao mesmo tempo que o consideram sobremaneira maléfico pela sua qualidade de mensageiro da morte. Era considerado por eles, irmão da coruja; tendo esta também um lugar de destaque no xamanismo.
Os chefes índios usam sempre nos seus penachos, duas penas de mocho, para que possam guiar o seu povo durante a noite mais escura.
Para desanuviar um ébrio, os Normandos obrigavam-no a comer uma omeleta de ovos de mocho.
Apesar de nos referir com frequência ao “velho mocho sábio”, esta ave é geralmente encarada como agourenta, e muitos habitantes das regiões rurais afirmam que ver uma voar ou ouvi-la piar durante o dia prenuncia infortúnio.
A origem das superstições sobre o mocho advém, sem dúvida, da sua existência solitária e nocturna e som lúgubre que emite. Segundo uma crença, quem espreitar para um ninho dessa ave tornar-se-á infeliz e melancólico para o resto da vida.
Se um mocho se empoleira por algum tempo numa casa, ou bate as asas contra os vidros de uma janela, pressagia uma morte ou doença nesse lar. Algumas pessoas do campo afirmam que, quando um mocho pia, alguém no distrito acaba por morrer.
No entanto, a superstição mais estranha talvez nos chegue do País de Gales, onde se acredita que, se um mocho pia entre as asas, uma rapariga de alguma delas acaba de perder a virgindade!
Em França, se uma mulher grávida ouve uma dessas aves, pode habituar-se à ideia de que terá uma menina, enquanto na Alemanha, se pia no momento do nascimento de uma criança, esta terá uma vida infeliz.
A oculumancia, é o meio de prever o futuro pela observação da vista. Cada parte do olho, as cores, o tamanho, a reacção ao tacto, são objecto de estudos. Esta mancia é praticada ora a partir de um dos olhos do consultante que o vidente analisa, ora a partir dos olhos de um animal, mais frequentemente de um mocho.
PROF. KIBER SITHERC