A Fuseta, segundo os relatos históricos mais antigos datados de 1572, era conhecida por “Fozeta” (diminutivo de foz) o que teria tido origem no facto de ali desaguar um ribeiro chamado “ribeiro do tronco”.
É descrito como um sítio que pouco a pouco se foi desenvolvendo e aumentando em população até constituir um lugar. Desconhece-se a data em que ali se terá começado a constituir um aglomerado populacional. De início apenas existiam algumas cabanas que serviam para guardar utensílios das armações de pesca que se lançavam naquele local.
Aliás, em 1541 há referências a um Sítio das Cabanas, que depois se uniria ao Sítio dos Moinhos, para formar a Fuseta. O porto de pesca, colorido pelos barcos, assim como a praia e toda a zona ribeirinha, cuja recuperação ambiental foi recentemente premiada, são visitas obrigatórias.
Existem ligações regulares por barco para a ilha da Fuseta-Armona. O passeio pode prosseguir até aos rectângulos espelhados das salinas, as ruínas das atalaias de Torre de Bias, Cumeada e Alfanxina, paralelas à Ria Formosa e ao mar, às nascentes de água dos Olheiros, a norte da Vila, a que se atribuem virtudes medicinais.
Em tempos já lá idos, conta-se que ao pé do mar existiu terra de vinho e de pão
E que em noites de luar, mulher moura e homem cristão para ali iam se encontrar...
Vinda do mundo brilhante, a moura não escondia os raios de luz no fundo do coração, Os pedaços de lua na palma da mão e na garganta a voz do mais fino violão!
E o português? Esse não havia que fosse mais cristão.
E tinham assim juntinhos, um ao outro, o coração...
As águas, junto ao ribeiro, cantavam e outro amor nunca se viu...
Contudo, Állah, sempre vigilante, não deixa cair no esquecimento que não se casaria mulher moura com homem cristão.
Logo ali os encantou e nasceu Fuseta, terra de vinho e de pão.
PROF. KIBER SITHERC
