Milagre Das Rosas
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Foi chamada rainha Santa Isabel de Portugal era uma infanta aragonesa. Nasceu em Saragoça em 1271, filha do rei D. Pedro III de Aragão e Constança da Sicília, descendendo, por parte de mãe da também santa Isabel da Hungria, princesa e landgravina, penitente franciscana.
Casou-se aos 17 anos, por procuração, com Dom Dinis, rei de Portugal, homem de muita cultura (é um dos maiores representantes da poesia trovadoresca), de visão ampla, de vida moral desregrada. A bondade e piedade de Isabel contrastavam com a avidez por prazeres e com as inúmeras traições do rei.
São conhecidos nove filhos ilegítimos, sendo que o herdeiro, o futuro Dom Afonso IV, temendo que o pai favorecesse seu filho bastardo, Dom Afonso Sanches, e lhe tirasse o trono, exigiu o poder e combateu contra o pai. Nesse conflito, a intervenção apaziguadora da rainha Isabel foi decisiva, interpondo-se entre os dois exércitos que já iam lutar.
A vida de Dona Isabel resumiu-se a cuidar dos pobres, visto que dispunha de muitos bens recebidos por doação, e a orar. É conhecido o milagre das rosas, ocorrido durante um rigoroso inverno: estava Isabel para sair do castelo e levar pães aos pobres, quando o seu marido cruzou-lhe o caminho e quis saber o que levava no regaço. “São rosas, senhor”, respondeu-lhe a rainha. Desconfiado, Dom Dinis, insistiu: “Rosas, em Janeiro?”. Ao abrir o manto em que levava os pães, dele caíram rosas frescas e belíssimas que perfumaram o chão.
Os últimos anos do reinado de Dom Dinis foram marcados por tristes conflitos internos, mas Isabel conseguiu que seu filho legítimo subisse ao trono, após a morte do pai. Aliás, na doença final do marido, ela cuidou dele com incansável carinho e solicitude, perdoando-lhe as tristezas e humilhações que lhe causara.
Com a morte de Dom Dinis, a rainha Isabel retirou-se para o convento de Santa Clara-a-Velha em Coimbra, onde tomou o hábito de clarissa, vivendo como sua tia, como penitente franciscana. Todavia, não fez os votos, o que lhe permitia dispor de seus bens para continuar a ajudar os pobres. Só saiu de lá uma única vez, pouco tempo antes de sua morte, outra vez para interceder pela paz em sua família, visto que seu filho e o sobrinho deste estavam em guerra por causa dos maus tratos que o este último infligia à sua esposa.
Isabel de Aragão morreu no dia 4 de Julho de 1336. Desejou ser sepultada no convento onde viveu seus últimos anos e no translado de seu caixão, nele abriram-se fendas, das quais escorria um líquido estranho que os presentes pensavam ser da decomposição do cadáver, visto que fazia muito calor. Entretanto, o líquido era de um perfume inebriante.
Em 1516, foi beatificada e, em 1625, foi canonizada pelo papa Urbano VIII.
PROF. KIBER SITHERC